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Filipe°


Assim que pousamos no hotel deixei minhas coisas com a Manuella que saiu andando na frente enquanto acertava tudo com o Maurício que apertou minha mão se despedindo.

— Ou Filipe, pelo amor de Deus, seu celular tá tocando e é chamada de vídeo do Djonga, toma isso. — Falou eufórica me fazendo rir enquanto me aproximava.

— Atende ae, pô. — Gastei ela que abriu o maior olhão. — Tô falando sério. Atende ae, vai deixar o cara no vácuo?

— Meu filho, é o Djonga como é que você quer que eu simplesmente atenda? Não sei nem reagir a isso, deixa de graça e pega logo esse negócio. — Choramingou dando um passo a frente me fazendo dar dois pro lado.

— Já mandei tu atender e confiar no que eu te falo. — Cruzo os braços enquanto ela me fuzila antes de olhar de volta para o aparelho em mãos sem nem saber o que fazer, o que só me faz dar mais risada.

Me amarro em ver de perto ela sem graça.

— E o que eu digo? — Dou de ombros ouvindo ela resmungar. — Você que me aguarde.

Quando pensei que o cara ia encerrar a chamada escuto ela atender totalmente sem graça.

— Alô? — Sorriu sem mostrar os dentes, me aproximei mais um pouco só pra ouvir a voz do Gustavo.

— Porra, pensei que esse número fosse do ret. — Seguro o riso quando ela levanta o olhar me pedindo pra fazer alguma coisa.

— É dele sim, vou passar pra ele, tá? — Nego com a cabeça enquanto ela me mostra o dedo do meio impedindo que o Djonga veja. — Olha só, eu vou falar logo de uma vez porquê o seu amigo tá me obrigando a falar com você só porquê ele sabe que sou fã do seu trabalho. Então assim, primeiro eu me chamo Manuella e preciso te falar o quanto você é necessário para nossa geração e é isso.

Escuto a risada rouca do outro lado da linha.

— Muito obrigada Manuella, e precisa ficar com vergonha não, cara. — Me aproximo jogando o braço por cima do ombro dela que tenta se sair me levando a prender seu corpo no meu. — Tá de casalzinho mesmo, paizão? Porra, tô feliz agora.

— Já não tenho mais tanta certeza depois dessa ligação. — Sorrio enquanto ela me belisca. — Ae Gustavo, vou levar a Manu pra assistir teu show e conhecer a Malu.

— Caralho, o ret tá apaixonadão mermo, porra. — Gargalha do outro lado me fazendo rir. — Eu ligo pra saber se tu foi de cana, preocupado com o cara e do nada, tu mete essa. — Continua rindo. — Mas ae irmão, deu o quê lá no bagulho?

— Aquela merma ladainha de sempre, investigação e os caralhos. Vão tentar caçar alguma coisa e vai dar em nada, o sistema vai ter que me engolir mais uma vez. — Sinto o olhar da morena em cima de mim o que me faz olhar em seu rosto.

— É, só que avisa ao seu amigo Djonga, que ele tem parar de ser impulsivo e lembrar que já é um homem formado e que não dá pra ficar esbanjando open beck por ae. — A risada do Gustavo surge me fazendo rir.

— Ih, paizão. Tem que andar no trilho agora ... — Escuto a risada fraca dela enquanto passo a língua pelos lábios.

— Ela só esqueceu que eu sou o trem. — Me empurrando ela se solta me fazendo rir ainda mais alto enquanto saio andando atrás dela.

— Tô feliz em te ver feliz, irmão. Papo de visão, tá ligado? — Confirmo com a cabeça. — Não pode deixar se abalar com essas porras, não.

— A meta agora é só degustar dos novos projetos da nada mal e curtir minha família pra caralho, o resto é lucro.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora