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Filipe °

Jogo a ponta do baseado pra longe fechando os olhos enquanto inspiro forte sentindo a mente trabalhar freneticamente sem um intervalo de tempo de um pensamento para o outro me deixando ainda mais lunático com toda a merda que aconteceu.

Olho para dentro do quarto onde o silêncio predomina enquanto a Manuella tá no banho. Passo a mão no rosto lembrando a visão do desespero dela bem debaixo dos meus olhos, o que me causa sensações que não sou capaz de alinhar.

Vendo o Théo se mexer na cama levanto ainda pilhado tentando esvaziar a mente e vou até meu moleque que resmunga esfregando os olhos.

— Acordou Filhão? — Ele sorrir sentindo minha presença e envolve meu pescoço com os bracinhos me puxando pra perto.

— Cadê a Tia Manu? — Pergunta me fazendo rir cheirando o pescoço dele.

— Tu me trocou mermo,cara? — Faço cócegas nele que gargalha.

Como um estralo um assunto que eu já deveria ter trocado um papo com ele surge na minha mente me impulsionando a fazer isso agora. — Ae filho, responde pro papai aqui, quanto cê gosta da tia Manu?

Me encosto na parede apoiando a cabeça enquanto ele se vira apoiando o queixo em uma das mãos me olhando curioso.

— Muitão, ela vai pra piscina comigo. Brinca de carrinho, assiste desenho e me dá um montão de presente. — Fala me fazendo rir.

— Lembra o que eu falei naquele dia que a sua mamãe e o papai, agora são só amigos? Mas que vamos estar sempre juntos com você? — Me olhando de lado ele confirma com a cabeça. — E agora você vai ter duas casas?

— E dois quartos. — Fala fazendo dois com os dedos me vendo confirmar.

— E o que você acha da tia Manu passar um tempo lá em casa com a gente? — Arqueio a sobrancelha receoso sem saber o que esperar.

Até que o sorrisão dele surge me fazendo respirar aliviado.

— Ae a gente vai poder assistir desenho de noite? - Gargalho bagunçando o cabelo dele.

— Deixa de ser interesseiro, cara. — Puxo ele pra cima de mim que continua com as risadas gostosas dele até que a porta do banheiro se abre e a morena sai com um biquíni com a parte de baixo menor que a paciência qual eu não tenho.

Dou aquela analisada dos pés a cabeça já imaginando mil maneiras de fuder com ela em cada parte desse hotel, o que me faz respirar fundo chamando sua atenção.

— Dá pra disfarçar, pelo menos? — Fala sem olhar enquanto passa um creme no rosto.

— Disfarçar pra quê? — Cruzo os braços. — É tudo meu, mermo. — Passo a língua pelos lábios enquanto ela revira os olhos dando um sorrisinho de lado.

— Tá com fome, Théozinho? — Se aproxima da cama o que faz o Théo sair de cima de mim se jogando em cima dela que sorrir pegando ele no colo. — Vamos descer pra comer alguma coisa antes de ir pra praia, o que você quer? Fala pra tia.

— Tem bolo de chocolate? — Nego com a cabeça segurando a risada pela manha que ele tá por saber que ela faz todos os gostos dele.

— A tia vai procurar saber, tá bom? — Pego meu celular desbloqueando a tela vendo que o Tico já me enfiou nos grupos da equipe e da gravadora, fora que tem mensagens da minha mãe e do meu irmão.

— Amor, você já tá pronto, ou não? — Volto a olhar pra ela que agora tá amarrando um pano na metade da bunda. — Filipe, meu rosto é aqui em cima.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora