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— Por hoje é só pessoal, temos as fotos. — O Giulianno fala fazendo todo mundo gritar batendo palma em comemoração.

Sento no chão com o sentimento de gratidão dentro de mim.

Fecho os olhos e olho pra cima agradecendo a Deus.

— Parabéns Manu, ficou tudo perfeito. — Escuto a voz dele me tirando do transe apertando sua mão.

— Foi em equipe, Giu. Tamos aqui pra isso, eu que agradeço pela oportunidade. — Sorrio abertamente realizada pela primeira vez em semanas.

É aquela historia, depois da tempestade o sol sempre vem.

E dessa vez ele sorriu pra mim.

— Com toda certeza é só o começo da nossa parceria, aproveita que tá cedo e o pessoal tá querendo comemorar. — Levanto com a ajuda dele tirando o saltos. — Qualquer coisa entro em contato com você.

— Tá bom, aproveita você também. — Ele sai e eu vejo a Steff pulando na minha direção com uma latinha de energético.

— Conseguimooooooos! — Pula me puxando pra perto me deixando emocionada.

— Amiga ... — Dou risada olhando pra ela que tá tão eufórica quanto eu. — Você é foda, eu vou ser grata o resto da minha vida por tudo que você é por mim e pra mim. — Sorrio abraçando ela apertado sentindo meus olhos marejados.

— Tem que agradecer nada não, cara. — Se afasta segurando meu rosto. — Só revelei pro mundo o que tava dentro da conchinha escondido. — Sorrir me olhando. — É só o começo, você sabe, né?

Confirmo com a cabeça olhando em seus olhos.

— Agora agiliza que o Dallas tá vindo buscar a gente, e a gente vai comemorar até amanhã.

Se afasta indo organizar as coisas dela enquanto aproveito pra trocar de roupa, aproveitando a maquiagem e o cabelo que já estavam prontos.

— Vai pra casa do Cabelinho, mesmo? — Pergunto vestindo minha calça.

— Por mim sim. — Fecha a mala me olhando. — Não tá afim?

Olho por cima do ombro pra ela enquanto pego minha blusa.

— É por causa do Filipe? — Sussurra. Mordo o lábio inferior suspirando sem falar nada. — Ele tá com o Théo hoje, não vai nem dar as caras.

Pego minha bolsa parando na frente dela que senta olhando o celular.

— Mesmo a gente sabendo que uma hora ou outra vocês vão se encontrar, né? — Larga o aparelho estralando os dedos. — Eu te entendo, tá? Ninguém tem que te cobrar maturidade diante do que rolou, só que é melhor você enfrentar isso do que ficar adiando e ser pega desprevenida.

— É tudo imprevisível quando o assunto é ele, e tudo que envolva nós dois. — Inspiro fundo soltando o ar pela boca. — Mas eu não quero falar disso agora, fodasse também.

Pego a mala vendo toda movimentação pra desfazer cenário, guardar equipamento enquanto o restante das modelos tentava a todo custo nos convencer a pegar uma balada com elas.

— Acha uma boa chamar elas? — A Steff pergunta assim que paramos em frente a casa depois que o Dallas mandou mensagem que estava chegando.

— Só se for pra rolar um surubão naquela casa, já basta as de sempre. — Faço careta ouvindo ela rir.

Tiro o celular do bolso confirmando com o Matheus e rindo das besteiras dos outros dois, até que um carro estaciona e ninguém menos que meu irmão surge na janela da BMW preta fazendo eu e a Steff se olhar.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora