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Manuella°

Tava terminando de colar o cílio postiço já que ainda não tive tempo de ir colocar os meus, quando a Steff chegou batendo na porta do quarto o que fez o Filipe ficar emburrado pelo simples fato de não saber o que estamos indo fazer.

Consegue ser mais birrento que o Théo.

—Já tô indo, amiga. —  Grito do banheiro. Já que ela iria na frente com os meninos da equipe de som pra ter uma visão ampla do palco e poder informar ao Filipe aproveitei o gancho das minhas fotos.

—  Eu trago minha mulher pra ficar comigo e tu já tá metendo a cara e roubando? — Escuto ele dizer pra ela que gargalha e coloca a cabeça na porta do banheiro.

—  Ih, garoto. Aprende a dividir as coisas, ein. — Retruca me fazendo rir, termino de colocar o bendito, coloco perfume e volto pro quarto onde o outro tá quase pronto, faltando só vestir a camisa enquanto tá agarrado com o baseado de sempre.

— Tô te palmeando, dona Manuella. — Faço cara de desdém pegando minha bolsa e indo até ele.

— Vou só tirar fotos, senhor possessivo. — Abraço sua cintura fazendo bico esperando por um selinho, me olhando de cima ele sorrir me dando um beijo. — Te encontro no show?

Rindo fraco, ele nega com a cabeça.

— Sempre fugindo pra não chegar comigo. —  Reviro os olhos mostrando a língua já saindo do quarto.

— Te amo! — Grito antes de fechar a porta me dando conta do que falei.

P O R R A!

Travo na mesma hora sentindo meu coração chegar na boca.

A Steff tá parada em frente ao elevador me olhando, engulo seco até que ela se dar conta do que acabou de acontecer.

— Não me fala que foi a primeira vez que você falou isso pra ele? — Questiona sussurrando, escuto algo caindo dentro do quarto o que me tira do transe e me faz correr pro elevador puxando ela pra dentro apertando o andar do térreo.

— É claro que foi a primeira vez. — Choramingo. — E agora? Eu não queria soltar assim, nem se quer pensei, quando eu vi já tinha falado. - Mordo minha unha tentando não surtar.

— Não percebeu porque o sentimento é real entre vocês, ao ponto de ser natural a sensação de falar isso. Amar não tem nada haver em apenas falar isso, amiga. É rotina, dia a dia e vocês vivem isso.

A porta do elevador se abre fazendo com que a gente der de cara com o Matheus e o Dallas.

— Olha as enjoadas, ae. — Escuto meu irmão comentar fazendo o outro levantar a cabeça rindo.

Quando foi que eles se tornaram tão amigos?

— Já tão indo? — O de cabelo amarelo pergunta digitando alguma coisa no celular.

— Ainda não, quando a van tiver pra sair me manda mensagem, por favor. — A Steff sai me puxando deixando os dois sem entender nada o que me faz dar risada.

— Matheus ... —Grito parando de andar. Ele vira a cabeça me olhando. — Tá um gato com essa camisa. - Me refiro ao fardamento da equipe o que faz ele fazer cara de deboche mandando beijo.

— Cara, obrigada por ter me apresentado um parceiro de balada. — Olho pra ela que sorrir tirando uma câmera da bolsa assim que chegamos no estacionamento do prédio. — Diferente de você, seu irmão já fez amizade até com a mãe do maneirinho.

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