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Manuella°

Hoje é literalmente um daqueles dias onde todos os seus planos fogem de percurso, começando pelo meu voo que foi adiado e eu só conseguir chegar no Rio quase duas horas e meia depois do previsto.

Meu celular não parava de chegar mensagem, sendo grande parte delas do Filipe, Matheus e da Steff.

Bufo irritada assim que entro no uber já pegando o caminho do hotel onde conseguir fazer uma reserva pra essa noite, já imaginando que chegaria atrasada e não teria tempo de passar em casa.

Chegando no hotel resolvo tudo que preciso resolver na recepção e corro literalmente em direção ao quarto, assim que adentro saio largando mala de um lado, sapato de outro. Arranco minhas roupas e vou direto pro banho já sabendo o que iria usar, como não conseguir ter tempo de customizar o abadá.

— Amiga, cadê você? — A voz da Steff surge do outro lado da linha assim que aceito a ligação colocando em viva voz enquanto me dividido entre quarto e banheiro.

— Eu tô tentando chegar, cara ... — Suspiro resolvendo focar na minha maquiagem logo. — Em menos de quarenta minutos chego ae. — Abro a nescessarie em cima da pia e já vou mais ou menos deduzindo o que fazer. — Cadê o Filipe?

O barulho do outro lado quase me impede de ouvir exatamente o que ela tá falando.

— Tá bebendo com os meninos, só falta você... — Começo a preparar minha pele tentando não fazer cagada.

Uma das coisas que eu mais odeio nessa vida é me arrumar nas pressas, nada sai do jeito que eu espero e eu sou obrigada a aceitar as coisas de todo jeito.

— Fala ao Matheus pra ele ficar de olho no celular, assim que eu chegar vou mandar mensagem. — Ela confirma do outro lado e eu encerro a chamada voltando a focar em mim.

Me olho pela última vez na frente do espelho me certificando que tudo está no seu devido lugar e que não estou esquecendo de nada, jogo as credenciais pelo pescoço, pego minha bolsa e por fim o abadá onde decidi amarrar no braço.

O uber avisa que chegou e eu já vou saindo do quarto chamando o elevador que não demora a subir. Quando dou por vista estou passando pela porta da frente avistando o carro parado a frente.

— Boa noite! — Falo assim que abro a porta chamando atenção do motorista que se vira pra me olhar e responde educadamente.

— Boa noite, moça. Podemos ir? — Confirmo com a cabeça puxando o cinto de segurança.

— Por favor, já estou mais do que atrasada. — O carro começa a andar e eu mando mensagem pro meu irmão que responde falando que já está me esperando.

A entrada do local tá lotada, o que faz um frio percorrer por minha espinha sem saber ao certo o que me espera. Pago a viagem e agradeço saindo do carro, logo o Matheus me ver e vem andando na minha direção, os seguranças do evento me ajudam a passar pela multidão.

— Vem.. — Olho para frente vendo a mão do Theus esticada, seguro e apresso os passos já dentro do local do evento. — Demorou pra porra, tava fabricando o avião?

— Tava... Encomendei na casa do corno do seu pai. — Rebato ouvindo a risada safada dele. — Atrasou tudo, não tive culpa.

Suspiro sentindo a tensão do dia recair sobre as minhas costas.

— Cinco minutinhos se pá tu tinha trombado o ret e o Flávio se bicando. — Paro no mesmo instante puxando seu braço.

Ele me olha percebendo minha feição mudar.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora