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Jantamos entre conversas e risadas e ainda sim o ar de desejo predominava no nosso meio, me deixando inquieto.

A vontade de fumar gritando, as mãos soando e o peito acelerando ansiando por mais.

Estar perto é como jogar uma faísca de fogo perto da porra de um tonel de gasolina.

Preste a explodir a qualquer momento, abro as pernas ainda mais aproveitando o joguinho que ela insiste em me provocar, passando o pé por entre minhas pernas, mudando as pernas a todo instante me permitindo ver a cor da calcinha preta totalmente perdida por entre suas coxas.

Inspiro fundo mandando a sanidade pra puta que pariu e chamando o garçom.

— Já? — Ela pergunta me analisando, seguro seu calcanhar quando tenta afastar a perna.

— Já falei que nesse seu joguinho de tentar fuder com a minha mente, quem faz as regras sou eu. — Seu sorriso se alarga provocativo sabendo que conseguiu me deixar engatilhado.

O cara se aproxima, e como o jantar estava fora do pacote de estádia tirei logo a carteira do bolso pegando o cartão e pagando de uma vez.

Me levanto depois de agradecer e espero ela passar na minha frente parando um pouco mais a diante me esperando. Me aproximo por trás envolvendo sua cintura fazendo sua costa encostar no meu peito conforme andamos lentamente.

Minha mão sobe pela parte da frente do seu pescoço segurando com pressão sua mandíbula fazendo com que ela erga a cabeça e me olhe.

— Veio de calcinha... — Murmuro olhando diretamente pra sua boca. — Me desobedeceu.

Sinto quando ela engole seco me observando por trás dos cílios.

— E o que você vai fazer? — Sussurra passando a língua por entre os dentes, mordendo o lábio inferior lentamente.

Sorrio fraco dando duas tapinhas no seu rosto de leve.

— Fazer essa buceta chorar implorando pra ser fudida. — Me afasto totalmente a pegando de surpresa que firma os pés no chão pra não cair. — Anda... — Indico com a cabeça. — Te dou cinco minutos pra ficar peladinha pra mim.

Estreitando os olhos ela me ver tirando um baseado do bolso.

— Não entendi... — Ergue uma sobrancelha. — Tá tentando facilitar pra mim?

Com o prensado na boca levo o isqueiro até a ponta fazendo a ceda começar a queimar.

Puxo o ar sentindo a fumaça entrar jogando a cabeça para trás antes de voltar a olhar pra ela.

— Quem disse que eu vou facilitar? — Passo a mão no cavanhaque quando ela dá um passo prestes a seguir pelo corredor. — Deixa a porta encostada

Sumindo do meu campo de visão olho pelo relógio marcando os minutos enquanto sinto o cheiro da erva pairando.

Quase dez minutos depois jogo a ponta fora e caminho na direção do elevador.

Chegando na porta do quarto encontro a mesma encostada como havia mandado, entro e fecho atrás de mim. As única iluminação é a da tv que tá ligada em uma das playlist dela, tiro a camisa, o sapato, relógio e o cordão do pescoço.

A porta do banheiro tá fechada e eu sei que ela tá lá dentro, como também sei que ela sabe que eu cheguei. O que confirmou minhas suspeitas quando ela destrancou a porta surgindo a minha frente, sem roupa.

O cabelo agora solto cobria os seios fazendo todos os meus instintos aflorarem, me aproximo de forma cautelosa ficando frente a frente com ela que me olha de baixo. Sua respiração sem ritmo revela que não sou o único ansiando por esse momento.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora