— Ae Filipe, vai lá atender seus convidados, vai. — Falo rindo enquanto ele me mantém presa a ele esboçando aquele sorriso convencido no rosto.
— Ih porra, quem é fenômeno perto da minha preta? — Nego rindo tentando soltar as mãos dele da minha cintura. — Fala de novo, vai ... Só pra fechar a noite com chaves de ouro.
Me viro ficando frente a frente com ele passando os braços por seu pescoço olhando da sua boca dentro dos seus olhos segurando seu olhar intenso e quente, capaz de me domar sem nem precisar abrir a boca ou pronunciar qualquer palavra.
Passo a língua lentamente por entre os dentes ganhando sua atenção que acompanha meus movimentos.
— O que você quer ouvir? — Sorrio passando as unhas na sua nuca propositalmente. — Eu te chamando de amor? Porque é isso que você é, não é? — Jogo a cabeça pro lado sentindo seus dedos apertando ainda mais a minha carne.
Vejo claramente sua cabeça ser jogada pra trás e ele gargalhar em meu tom preferido, neurótico. Transparecendo todo seu autocontrole bem diante dos meus olhos.
— É assim que eu quero te ouvir gemer pra mim mais tarde. — Sussurra perto demais do ouvido se afastando logo em seguida depois de beijar o canto da minha boca.
Sorrio negando bebendo o resto da minha bebida.
— Tudo certo? — Questiono ao Dallas e a Steff que me olham confirmando com a cabeça.
Os dois aceitaram de cara me ajudar com a surpresa pro Filipe, e a ansiedade já percorria por minha corrente sanguínea me deixando mais inquieta que o normal.
Nada podia dar errado.
— Só preciso sair mais cedo pra dar tempo. — Balanço a cabeça pra ele que olha no relógio em seu pulso. — Eu só queria pagar pra ver a cara dele te entregando as chaves do brinquedinho dele.
Dou de ombros rindo.
— Digamos que ele não está muito em uma posição de ditar as regras aqui. — Falo tirando meu celular da bolsa.
— Ae amiga, se você quiser me presentar assim, eu tô aceitando também, viu? — Sorrio pra Steff que me abraça de lado.
— Anotou né, migo? — Arqueio a sobrancelha para o boy dela que me olha rindo e negando com a cabeça.
— Vocês são mandada demais, porra. — Gargalha indo até o restante dos meninos que ainda pairavam sobre a festa.
Observo várias mensagens no whatsapp, acabo olhando por cima me certificando que não tinha nada de tão importante assim voltando a guardar o mesmo.
— Será que ele vai gostar? — Me viro pra loira que começa a guardar os equipamentos de trabalho dela. — Sei lá, é difícil dar presente a quem tem bilhões na conta.
— Ae amiga, desencana disso. Não é o que você vai dar, ou qualquer coisa do tipo, é o fato de ser você que faz a coisa se tornar especial. — Faço bico olhando na direção onde o Filipe estava conversando com algumas pessoas.
— Sei lá, cara. — Bufo. — A gente tá se conhecendo mais a fundo e tal, mas a distância, os desencontros me faz ter medo de estar indo fundo demais ao pote, ainda mais com alguém que passou tanto tempo ao lado de outra pessoa.
— Sabe o que é isso? — Fala me fazendo olhar. — Você tá deixando as palavras da Anna te amendrontar.
— Mas é claro, porra. — Abro os braços rindo forçadamente. — Eles tiveram uma vida juntos, e ela é a mãe do filho dele.
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Contramão
FanfictionEu te proponho o que há de bom, aquela melhor onda Hoje eu quero te ver, então me diz onde você tá ...