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Filipe°

Vestir a camisa e sentei na cama fechando o relógio no pulso quando o cheiro dela invadiu o quarto me fazendo levantar a cabeça e encontra-la saindo do banheiro já trocada. O vestido era curto e os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo, mas o que mais me chamou atenção foi o decote na parte dos seios.

Inspiro fundo quando ela se abaixa pra calçar o salto deixando a bunda virada na minha direção.

— Sei que você tá olhando, Filipe. — Murmura me fazendo sorrir fraco.

— Não dá pra evitar... — Umedeço os lábios quando ela volta a posição normal me olhando por cima do ombro esboçando aquele ar de cinismo que só ela tem por trás dos olhos.

Pendo a cabeça para o lado observando ela se virar e vim caminhando em minha direção, parando bem a minha frente me obrigando a olha-la de cima a baixo, focando bem na parte descobertas das pernas, onde a pele brilhava.

Mordo a ponta da língua tentando me segurar ao máximo e não mandar o jantar pra puta que pariu e fuder com ela a noite toda.

— Tá pronto? — Pergunta se inclinando sobre mim colocando as mãos em cima do meu ombro aproximando nossos rostos.

Foco na sua boca me limitando a responder movimentando a cabeça.

— Então vamos. — Seguro seu queixo a puxando ainda mais pra perto, sentindo sua boca roçar na minha. Lentamente subo o olhar por todo seu rosto, parando nos seus olhos castanhos.

Sorrindo ela me rouba um selinho rápido e se afasta.

Me levanto e vou até o espelho ajeitando a camisa e colocando o único cordão que decidi deixar no pescoço.

— Bora... — Digo pegando o celular caminhando até a porta ouvindo o salto dela bater no chão a cada passo que dá atrás de mim.

Puxo a maçaneta abrindo a porta dando espaço a ela que passa na minha frente guardando o cartão de acesso ao quarto na bolsa.

— Pra onde a gente vai? — Estico a mão entrelaçando nossos dedos assim que paramos em frente ao elevador.

— Uma parte reservada. — Olho de lado vendo seus olhos brilhando de curiosidade.

Não demora para o elevador abrir a nossa frente e entrarmos, aperto o botão do térreo e me encosto na parede de metal puxando seu corpo contra o meu, abaixando o rosto na sua nuca só pra sentir seu cheiro doce.

— Trocou de perfume? — Pergunto depois de perceber que o cheiro não é o mesmo de antes.

Virando o rosto só pra me olhar ela confirma.

— Como sabe? — Sua testa enrugada me faz dar risada.

— É seu cheiro, minha preta. — Beijo seu ombro mordendo de leve. — Nunca sai da mente.

Se virando entre meus braços ela fica de frente pra mim, aproveito e desço minhas mãos até sua bunda levando os dedos até a ponta do tecido fino.

— O que aconteceu com o meu velho ranzinza? — Sorrir fazendo carinho na minha nuca.

— Tá aqui, doido pra tomar do chá da novinha dele. — Aperto sua bunda com força descendo a cabeça deixando meu rosto próximo dos seios que estão quase pulando pelo decote. Passo a língua por entre eles pegando-a totalmente de surpresa que se afasta no impulso no mesmo instante que o elevador para e a porta se abre. — Tá assustada?

Sorrio caminhando atrás dela que sai da caixa de metal puxando o vestido pra baixo.

— Assustada? —Me olha quando passo a mão por sua cintura trazendo seu corpo para perto do meu.

O corredor da acesso a parte externa totalmente aberta do hotel, ao invés de seguirmos na direção do restaurante o percurso que começamos a fazer é na direção oposta, onde de longe vejo um dos funcionários a nossa espera.

Passamos pela parte da piscina seguindo para o outro lado do hotel, onde tem algumas mesas afastadas. Diferente do restante do local, a iluminação é baixa e a vista é toda voltada para o píer.

— Filipe ... — Sua voz surge em um sussurro enquanto sinto sua mão apertar a minha. Olhando de lado vejo um sorriso tímido começar a surgir no canto da sua boca.

— Curtiu? — Pergunto atraindo seus olhos aos meus.

Mordendo o lábio inferior ela confirma com a cabeça ainda sem jeito.

— As vezes você sabe ser romântico. — Fala me fazendo dar risada.

Paramos em frente a mesa onde o garçom e o recepcionista do local nos espera.

— Boa noite, senhores. — Aceno com a cabeça me sentando observando a Manuella se sentar na minha frente. — Aqui estão os cardápios. — Estica o braço entregando a parada na nossa mão. — Se sintam a vontade e qualquer coisa é só me chamar.

— Vinho? — Olho para ela que tá focada no papel em mãos. — Vou de whisky.

— Eu vou querer um vinho branco, mesmo. — O Garçom anota e volta a nos olhar falando.

— Só vendemos a garrafa. — Observo o exato momento em que ela levanta a cabeça prestes a falar, o que me faz tomar a frente.

— Pode trazer a garrafa. — Falo encostando as costas no estofado da cadeira.

Arqueando a sobrancelha ela dá de ombros.

— Obrigada! — Escuto ela dizer e ele sair em seguida nos deixando novamente a sós.

Passo os olhos pelo local vendo a lua de fundo iluminar a imensidão de água a frente até a voz dela surgir novamente.

— Quando você preparou tudo isso? — Bato os dedos na mesa enquanto ela cruza as pernas erguendo o queixo, me dando todos os sinais de que vai tentar manter o auto controle até o último instante. O que de certa forma me faz rir, por saber bem cada ponto fraco escondido por seu corpo.

— Hoje cedo, antes de ver aquele pau no cú querendo o que é meu. — Estreito os olhos quando ela sorrir e desvia o olhar.

— É isso que te excita?... Ter posse sobre mim? — Sussurra jogando a cabeça para o lado deixando o pescoço aparente.

Quando penso em falar o garçom volta até a mesa com o meu copo de whisky , uma taça vazia e a garrafa de vinho. Depois de servi-la, e pedir licença ele sai.

Pego meu copo trazendo até a boca sentindo o gosto concentrado da bebida que desce pela minha garganta.

Uma música de fundo começa e eu aproveito pra continuar o assunto.

— Sabe o que me excita? E me excita pra caralho? .... — Me aproximo da mesa apoiando os dois braços só pra poder olha-la mais de perto. — Te ver em cima de mim, quase gozando, de olhos fechados gemendo meu nome, apertando meu pau dentro dessa buceta gostosa.

Seu corpo responde de imediato fazendo com que ela mude de posição ao mesmo tempo em que pega a taça de vinho levando até a boca sem desviar o olhar, o que faz meu pau começar a latejar dentro da calça.

Agora é a minha vez de testar os limites dela.

— Ainda vai querer jantar? — Pergunto passando a língua nos lábios umedecendo o local.

Levo o olhar até suas pernas onde ela tá pressionando uma sobre a outra.

— A gente veio aqui pra isso, né? — Ela responde sorrindo acenando para o garçom.

— Você sabe bem como isso vai terminar. — Arqueio a sobrancelha sentindo sua perna por baixo da mesa esfregar na minha.





 - Pra começar a noite bem. Mais tarde venho soltar o resto!

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