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O uber para em frente a clínica e eu me apresso em pagar a viagem e adentrar o prédio percebendo que provavelmente vai cair um diluvio a alguns minutos.

— Boa tarde, tenho consulta marcada com a doutora Amanda. — Me direciono a recepcionista vestida no seu uniforme azul e um coque alto na cabeça.

Ela me olha simpática e pede meus documentos, inspiro fundo me apoiando um pouco sobre o balcão.

— Ah, sim. Ela já vai atender a senhora. — Confirmo com a cabeça em agradecimento. — Pode aguardar sentada. — Responde me entregando de volta minha documentação.

Pego agradecida e resolvo me sentar em uma das poltronas.

Hoje resolvi tirar o dia só pra resolver minhas coisas pessoais, pretendo tirar alguns dias de férias e com isso, decidi focar um pouquinho mais em mim.

Pego o celular quando vejo o nome da Steff nas notificações, eles estão chegando hoje de mais uma semana intensa de show e hoje decidiram se juntar na casa do Filipe em relação a tour que irão fazer e está prevista para o próximo mês.

Quando penso em abrir a conversa e responder escuto meu nome sendo chamado, o que me faz levantar a cabeça e encontrar a doutora parada em frente ao corredor do consultório.

— Vamos, Manu? — Sorrio fraco pegando minhas coisas e caminhando até ela. — Já faz tempo que você não dá as caras por aqui, né?

Dou risada.

— A vida ficou mais corrida do que já era. — Passo pela porta assim que ela me dá espaço.

— Ah, eu vi que agora você é famosa. — Faço careta ouvindo sua risada.

— Nada de famosa, Amanda. —Nego fazendo um coque no cabelo.

— Mas me fala, o que te trouxe aqui dessa vez? — Questiona focando no computador a sua frente. — To vendo aqui que vai fazer preventivo e a troca do diu de cobre pelo o de mirena. — Confirmo assim que seus olhos me encontram.

— Já tá na hora, né? — Sorrio nervosa. — Vai que dá alguma coisa errada ae.

Ela dar risada voltando a digitar no computador

— Já estou com resultado dos exames que você fez, e vi que você tá com um corrimento e tudo indica ser candidíase. — Arqueio a sobrancelha. — vou só pedir mais um exame específico e vamos iniciar com o antibiótico, o que não vai te possibilitar de colocar o diu ainda hoje depois da remoção do que você já tem, tá bom? Vamos esperar esse corrimento parar ae sim, podemos inserir.

— Então tá ... — Respondo dando de ombros, não tem muito o que se fazer mesmo.

— Você é da área, sabe que nada de relação durante o período da medicação, até por que também vai ser necessário o uso da pomada vaginal. — Confirmo com a cabeça achando graça imaginando o show que o Filipe vai dar quando souber que vai ficar uns dias em o brinquedinho dele.

— Eu que lute pra acalmar o velho que tenho em casa, né? — Ela dá risada enquanto espera o papel sair da impressora.

Ficamos mais alguns minutos conversando na sala dela depois da retirada do diu, até por fim me levantar e sair já pedindo um uber, isso é, se o carro do Filipe não tivesse parado na minha frente.

É só ae que me dei conta que havia mandado minha localização antes de entrar no consultório.

— Tá virando abusivo? — O provoco vendo seu sorriso surgir de lado assim que me sento e fecho a porta do carro. — Vou te denunciar, ein.

— Tenta a sorte, eu sou o abusivo e você a surtada, tudo certo, como dez e dez é vinte. — Reviro os olhos me inclinando pra segurar seu rosto juntando nossas bocas. — Tá vendo, porra. Surtada... — Resmunga me fazendo dar risada enquanto tenta me beijar e focar atenção na pista.

— Chegou agora? — Pergunto voltando a me sentar direito e já puxando o cinto de segurança.

Ele confirma com a cabeça dando a volta pegando a rodovia.

- Passei em casa, tomei um banho e desci pra te pegar, ficar um tempo com minha gata antes do pessoal chegar... - Sinto a intenção dele escancarada no seu timbre de voz o que me faz querer dar uma gargalhada.

— Então amor, não tenho uma notícia muito feliz pra te dar. - Me olhando pelo canto do olho ele me incentiva continuar. — Acabei de voltar da ginecologista, e estou com corrimento ou seja, ela passou antibiótico e uma pomada vaginal. Resumindo, nada de sexo por uns dias.

Sorrio forçadamente quando ele vira a cabeça de uma vez esboçando uma careta o que me faz gargalhar alto.

— Vai ficar de gracinha com a minha cara uma hora dessa, mermo? — Sorrir fraco negando com a cabeça. — Vou nem cair nesses teus papinhos torto, ae.

Nego com a cabeça ainda dando risada.

— Olha a receita aqui, Filipe. Inclusive tenho que passar na farmácia, não tô brincando. — Paro o papel na frente do rosto dele que puxa da minha mão desconfiado.

O Silêncio se faz presente até ele jogar a receita de uma vez no meu colo.

— Uma porra que eu vou dormir com o saco doendo, Manuela. — Rebate puto me fazendo rir mais ainda. — Essa médica tua ae, não transa nesse caralho e nem quer me deixar transar? É pra se fuder, mermo.

Respiro fundo dobrando o papel e voltando a guardar na bolsa.

— Deixa de show que você não tá na puberdade, fora que é só alguns dias e outra coisa, como é que você vai se virar na viagem sem mim?

Virando o rosto ele revira os olhos voltando a acelerar o carro.

— Lá vem, com esse papo de novo que não vai. — Arqueio a sobrancelha.

— Papo de novo, não. Você sabe que eu tenho uma agenda pra cumprir, e isso não é pauta pra discussão. Se desse estaria lá, mas não consigo desmarcar vários trabalhos por dias.

— Jaé, vai adiantar de nada ficar batendo cabeça. — Reviro os olhos.

E aqui está meu idoso de quinze anos de idade.

Quando me dou conta estamos entrando no estacionamento do prédio dele, e eu nem ouso em falar que teria que passar em casa, ou seria certo, motivo para mais uma briga desnecessária.

— Vou tomar um banho, pede comida, por favor... — Suspiro ouvindo a chave dele bater em cima da mesa e ele seguir em direção a sala de tv.

Não espero a resposta e subo em direção ao quarto dele, fora que ainda temos que conversar sobre o diu. Mas isso é assunto para outro momento, ainda mais por saber que a casa vai estar cheia já, já e teremos o Théo por aqui ainda hoje.




OBS: É gente, a falta de tempo e o bloqueio de criação estão presentes por aqui. Estarei tentando voltar a postar.

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