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Depois que ela aceitou vim embora comigo, a Steff optou voltar com o Tico. A questão era sair da festa sem que ninguém visse ela entrar no carro, a última coisa que eu precisava agora era ter que lidar com pagina de fofoca fudendo com a parada toda.

Acabou que sai na frente sozinho estacionando duas ruas a frente onde fiquei esperando o carro preto surgir logo atrás. Tiro o cinto e desço assim que ele para e a Steff desce abrindo a porta do lado da Manu que tá agarrada em uma garrafa de água.

— Ela tá na casa da mãe dela, tá tranquilo pra você? — Fico surpreso pela informação, mas eu não temo a nada nessa história. Sempre agir pelo certo e assumir todas as responsabilidades quando o bagulho todo aconteceu, não vai ser agora que vou dar pra trás.

— Tá de boa. — Respondo esticando a mão pra morena que me olha ao mesmo tempo que tenta segurar a bolsa e os peitos que tá saindo pelo decote.

— Acho que vou vomitar. — Resmungando ela pega na minha mão sem mal conseguir ficar em pé em cima da porra do salto que a bota tem.

— Bebe água amiga, se for vomitar a hora é agora. — Me olhando de canto ela faz careta.

— Não, tô de boa. — Ela até tenta dar dois passos mas acaba dobrando o pé me fazendo travar o braço na sua cintura antes que ela caia com tudo.

— Ê, Manuella. — A risada da Steff faz ela rir olhando pra mim, nego com a cabeça já sem muita paciência me abaixando e a pegando no colo.

— Filipe... — Me olha enrugando a testa enquanto saio andando em direção ao carro antes que eu alguém passe. — Me coloca no chão.

Olho nos olhos dela sem esboçar nenhum reação vendo sua respiração mudar e ela bufar.

Vejo a Steff abrir a porta do carro me ajudando a colocar ela sentada no banco do passageiro.

— Eu não sou o, Théo. — Dá um tapa na minha mão quando tento prender o cinto em volta do seu corpo. Sorrio fraco conseguindo prender o cinto mesmo contra a vontade dela.

Paro em sua frente tirando a franja que é recente dos seus olhos.

— Fica quietinha. — Me afasto fechando a porta olhando pra Steff que tá parada do lado do carro do Tico que tá rindo da minha cara do lado de dentro.

Mostro o dedo do meio pra ele que gargalha me vendo dar a volta.

— Ae Steff... — Grito vendo o carro andar parando do meu lado e ela surgir na janela. — Sabe dizer se o Matheus tá em casa? — Ela nega.

— Pelo o que eu sei ele tá em uma resenha com o cabelinho. — Balanço a cabeça fazendo um joia com a mão ouvindo o Tico buzinar e arrancar com tudo.

Entro no carro puxando o cinto olhando pra ela que tá procurando alguma coisa na bolsa.

— Toma. — Joga as chaves em cima de mim me fazendo dar risada pegando e colocando no suporte. Afundo o pé no acelerador pegando a estrada.

— Tá rindo de quê? — Resmunga se acomodando no banco me olhando. Dou a volta entrando no retorno pegando a rodovia. — Ainda não tô boa com você.

— Então já é uma vitória, porque se você tivesse sã nem teria entrado no carro. — Olho pra ela que tá de olhos fechados mordendo o lábio inferior escondendo o sorrisinho de canto.

— Quando foi que você ficou tão idiota? — Nego com a cabeça dando risada. — Deve ser a idade.

— Continua com a língua afiada, meu amor? — Retruco de proposito vendo seus olhos se abrindo devagar.

ContramãoOnde histórias criam vida. Descubra agora