Manuella°
Assim que chego no estacionamento do aeroporto vejo o carro do Flávio de longe, saio puxando minha mala até lá. Parando do lado bato no vidro fazendo ele perceber minha presença e descer pra me ajudar.
— Tá todo cheiroso assim pra quem? — Ponho a mão na cintura o observando guardar minhas coisas no porta malas ao mesmo tempo que me olha e sorrir faco.
Que saudades eu tava desse ser que não nega a falta de vergonha na cara.
— Qual foi, mulher? — Sorrir me puxando pra um abraço. — Tu quer saber, mermo? A fila é extensa.
Bato nas costas dele ouvindo sua risada rouca no meu pé de ouvido.
— Tava com saudades, sabia?— Aperto o meus braços em volta do seu pescoço sentindo o cheiro forte do seu perfume.
O Flávio é de fato uma das pessoas que me ensinou o verdadeiro sentido de amizade sólida, daquelas que não importa o tempo ou a distância, o sentimento não muda.
— Também tava, pretinha. — Ele se afasta beijando minha testa dando a volta no carro, entro do lado do passageiro e já puxo o cinto quando ele acelera.
Hoje é a comemoração do aniversário do Matheus que foi a dois dias atrás, acabou que ele só conseguiu juntar todo mundo hoje, e por pouco que eu não perdi o vôo e passaria minhas próximas três reencarnações com ele passando na minha cara.
Me acomodo no banco respondendo a Steff que já havia chegado na resenha com os meninos e queria saber minha localização.
— Fala tu, como anda a vida de top model? — Me olha de canto enquanto bloqueio o celular e jogo de volta dentro da bolsa. — Quero só ver quando vai ter tempo pra gravar clipe comigo.
Sorrio fraco negando com a cabeça.
— Só quando você fizer uma música exclusivamente sobre mim. — Retruco quando ele para no sinal.
— Essa parte ae eu deixo pro Ret. — Debocha me vendo revirar os olhos. — Se bem que se ele for meter umas faixas agora vai ser só de sofrência.
Mostro o dedo do meio ouvindo a risada rouca dele que afunda o pé no acelerador quando o sinal volta a abrir.
— E a Larah? — Questiono na intenção de mudar de assunto, já que eu nem sei bem como anda minha situação de fato com o Filipe.
Ou até sei mas sigo fingindo que não, dessa vez, prefiro não envolver terceiros.
— Tamo conversando... — Vejo um sorrisinho se forma no canto da sua boca o que me faz rir.
— Só falta você tomar jeito agora e parar de querer distribuir seu estoque de espermatozoide, por ae. — Negando com a cabeça ele dar risada. — To falando sério, Flávio.
— Digo o mermo pra tu, se tiver que voltar com o cara lá, volta. Ninguém tem que dizer o que é certo ou errado não, quem sente os bagulhos é tu. Agora se tu se permitir ficar na merda como tu ficou, ae quem não vai entender o desenrolar do bagulho sou eu.
Sorrio me aproximando abraçando seu braço que segura o volante.
— Tão bonitinho, sempre cuidando de mim. — Encosto o queixo em seu ombro enquanto ele desvia por um segundo me olhando de lado.
— Mandada. — Resmunga me fazendo sorrir.
Conversamos todo o resto do caminho até de fato chegarmos em frente a minha casa, de longe já consigo avistar vários carros estacionados e o som alto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contramão
FanfictionEu te proponho o que há de bom, aquela melhor onda Hoje eu quero te ver, então me diz onde você tá ...