capítulo 24

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Dulce não entendeu a principio. Ele apenas apanhou a mão dela e saíram andando. Ela já não sabia onde estava quando ele parou em frente a uma porta trancada. Após abri-la ele a levou pra dentro, fechando a porta. As velas já estavam acesas.

Dulce: Que lugar é esse? – Perguntou, olhando em volta.

Era um quarto grande, amplo, com uma cama de casal que parecia confortável só de olhar. O chão estava encerado, em madeira, e havia um guarda roupa, um espelho, uma cômoda e um bonito tapete. Havia uma janela também, protegida agora por uma cortina.

Dulce: O que meu vestido está fazendo aqui? – Perguntou, apanhando seu vestido que estava estirado na cama, o vestido que ele lhe dera.

Christopher: É seu. – Disse, olhando em volta – Bom, é nosso. Eu pretendo estar aqui quando você estiver, então... – Ele deu de ombros.

Dulce: Esse lugar é pra mim? – Perguntou, aparvalhada. Era como um sonho. Nem em sua casa jamais pudera ter um quarto assim.

Christopher: Sim. – Disse, se aproximando – Não mando que venha pra cá agora porque tu virás com aquela história de que vão perceber e blábláblá. – Disse, fazendo uma careta, e ela sorriu. – Mas venha aos poucos, com o tempo. É tudo seu.

Dulce: Você é louco. – Disse, tocando o colchão fofo.

Christopher: Por você. – Respondeu, abraçando-a e beijando-lhe a orelha – Aquele quarto de empregada era pequeno demais, úmido demais e quente demais. Você merece algo melhor. Esse é seu quarto agora. – Disse, aspirando o perfume do cabelo dela.

Dulce: Eu... – Ela nem sabia o que dizer, olhando em volta.

Christopher: Tem mais. – Disse, e Dulce cambaleou quando ele a fez andar. Havia uma porta do lado do guarda roupa. Um banheiro. Nada extravagante, mas um banheiro bonito. Havia até...

Dulce: Uma banheira! – Exclamou, fascinada. Christopher a abraçou por trás, beijando-lhe o rosto, deixando ela desfrutar do presente. – É minha também? – Ele assentiu, fazendo-a sorrir. Ela se desvencilhou dele, indo até a banheira. Já estava cheia. Ela tocou a água, morninha contrariando a chuva que caia – É porcelana. – Disse, mais pra si mesma.

Christopher: Tudo seu. – Disse, e ela o olhou, encostado na porta.

Dulce: Porque? – Perguntou, encarando-o.

Christopher: Porque eu quero. – Disse, obvio – Porque você merece, porque esse quarto é isolado do resto das dependências, o que nos dá privacidade... E porque eu quero. – Disse, com uma careta. Ele não costumava ter que se justificar.

Dulce: É louco. – Repetiu, passando a mão na água.

Christopher observou ela por minutos, até que ela o encarou, se levantando. Ele viu, com um sorriso satisfeito, ela começar a desamarrar o vestido, se despindo enquanto o encarava.

Quis avançar, mas pensando bem olhar seria melhor. O vestido dela caiu aos seus pés e ela veio até ele, que não fez nada. Dulce se pôs a desabotoar o colete dele, que apenas a olhava, quieto.

Depois do colete a camisa e o cinto, então o próprio corpete. Ela o abraçou, estremecendo quando seus seios entraram em contato com a pele quente do peito dele.

Dulce: Tome banho comigo. – Pediu, puxando-o pra dentro do banheiro. Ele foi, sorrindo por dentro. Tão menina!

Christopher: Tomar banho com você? – Perguntou, como se avaliasse, afastando os cabelos dela do ombro e beijando-lhe a pele sutilmente.

Dulce: Faça amor comigo, Christopher. – Pediu, a voz cortada em um murmúrio, e ele a encarou.

Christopher tomou a boca dela em seguida, sacudindo os braços pra se soltar da camisa e do colete. Uma vez livre ele a apanhou no colo, aprofundando o beijo, enquanto caminhava pra banheira.

A água quente os envolveu quando ele a deitou na banheira, mas ninguém ligou. Algum tempo depois havia acabado. Havia água no chão. Haviam marcas brotando pelos corpos. Havia um desejo temporariamente saciado.

Christopher estava deitado na banheira, com a cabeça encostada na borda, os olhos fechados, descansando. Ela tinha a cabeça no peito dele, os cabelos ensopados, olhando pra frente. Algo foi dito em silencio, um simples mover de lábios que deveria ter sido notado, mas não foi.

Dulce: Eu amo você. – Disse, sem emitir som algum.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora