capítulo 151

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Em outro cômodo, um pouco mais cedo...

Anahi, apenas de roupa de baixo (corpete e short pretos) soltava os grampos das raízes dos cabelos, que caiam, negros, até a cintura. A coroa repousava na cômoda que possuía o espelho em que ela se olhava. Alfonso estava sentado nos pés da cama, amparado em um dos pilares, de braços cruzados. O olhar dela não encontrou o dele, mas em um ponto ela sorriu de canto.

Anahi: O modo como você me olha é indecente. – Comentou, deixando um dos grampos do cabelo na cômoda. Ele riu de leve.

Alfonso: É? – Perguntou, fazendo pouco caso.

Anahi: É. – Confirmou, se virando – Mas me faz pensar em algo.

Alfonso: Em que? – Perguntou, mas não a encarava. O olhar admirou a estatura dela, os seios fartos presos pelo espartilho, as curvas retas, o cabelo longo que o encantava, as coxas torneadas, quase sem cor alguma.

Anahi: Suponho que a guerra esteja suspensa. – alfonso assentiu, ainda observando o corpo dela. – Bom... Sem guerra, não temos o que fazer, o que significa tempo livre. De qualquer forma, não estamos em casa, estamos viajando. – Ela se aproximou da cama e ele ergueu os olhos, com um sorriso de canto.

Alfonso: Não estou acompanhando seu raciocínio. – Comentou, divertido.

Anahi: Podemos fazer disso nossa segunda lua de mel. – Esclareceu, sorrindo. Ele a apanhou pelo corpete, puxando-a pra perto. Ela deixou a mão esquerda atravessar o cabelo dele, a aliança dourada brilhando na mão branca. Ele afundou o rosto na barriga dela, aspirando seu perfume e soprou uma mecha de cabelo ali perto, acompanhando-a – Fazem muitos... Muitos anos desde a primeira. – Lembrou. Ele mordeu a barriga dela sobre o tecido rígido do espartilho – Não que eu esteja me queixando de nada, longe de mim. – Ela riu, com um toque de malicia.

Alfonso: Eu acho uma idéia... Encantadora. – Ele a apanhou pela cintura, a lançando na cama. Ela deu um gritinho, os cabelos formando uma mancha ao seu redor. Ele passou por cima dela, beijando-a em seguida e ela o abraçou pelas costas, acariciando a coxa dele com o pé.

Em um corredor, dois andares a cima...

Maite esquecera sua coroa na sala de estar, o que a fez voltar sozinha para apanhar. Na volta, porém, se bateu com algo. Um casal, em um corredor deserto, em altos amassos. Robert e Kristen. Os dois se beijavam avidamente, e ela arfava, o vestido todo amassado, presa na parede.

Havia uma agressividade (encantadora, por sinal), nos movimentos de Robert, a boca devorando a dela, as duas mãos passeando pelas costas dela. O terno de Robert, assim como o colete dele já haviam sido abertos, pendiam em seu braço, e as unhas dela estava no pescoço branco dele, quase cravadas. Maite arregalou os olhos e recuou em silencio, mas...

Christian: Encontrou? – Perguntou, olhando-a.

Maite: Shhh! – Disse, sussurrando – Está aqui.

Christian: O que há? – Perguntou, confuso, e olhou o corredor – AH, POIS MUITO BEM! – Disse, e Maite arregalou os olhos. Robert se separou de Kristen, ofegando, e os dois olharam.

Maite: Nos perdoem! – Pediu, mortificada. Kristen riu.

Christian: NÃO ME PERDOEM NÃO! – Disse, com uma diversão perversa no rosto – maite, pode soltar, quantas vezes Robert nos interrompeu, achando até graça disso? – Maite envermelhou na mesma hora.

Robert: Crianças, o que estão fazendo fora da cama tão tarde? – Perguntou, divertido, jogando o terno no lugar.

Christian: Porque eu estou sozinho quando era pra haver uma rebelião? – Perguntou, indignado. Maite o rebocava, puxando-o pela camisa.

Maite: Kristen, perdão. – Kristen piscou pra ela, sorrindo. Robert ria da indignação de Christian. – Christian Chavez! – Ralhou. Christian a olhou, exasperado, e assentiu.

Christian: Vai ter volta. – Avisou a um Robert que ria gostosamente, antes de ser levado pela esposa.

Maite só soltou Christian no quarto dos dois, após trancar a porta. Ele ria da indignação dela enquanto guardava a coroa dos dois. Ela desistiu e parou frente a penteadeira, removendo as jóias que usava.

Christian: Tudo bem, perdoe. – Disse, mas os olhos dourados estavam divertidos. Ela o olhou pelo espelho e sorriu.

Maite: Você vestido assim, e com esse cabelo engomado, está me lembrando constantemente o dia do nosso casamento. – Ele sorriu.

Christian: Você estava tão nervosa que sua mão parecia gelo quando seu pai te entregou a mim. – Lembrou, sorrindo.

Maite: Eu estava com medo. Estava completamente apaixonada, mas ser rainha era outra coisa. – Disse, fazendo uma careta, e ele riu – Com razão. – Alfinetou – Então, nos nossos votos, você me encarou. – Disse, sorrindo de canto – Eu nem existia mais naquele momento. Só me lembro dos seus olhos. – Ele sorriu, se levantando – Então você disse: "Nenhuma quantia de tempo ao seu lado seria suficiente." – Lembrou, e ele a abraçou por trás.

Christian: "... Mas vamos começar com a eternidade." – Murmurou, antes de dar um beijo apertado. Ela sorriu, se aninhando nele – Eu me lembro de cada minuto daquele dia. E sabe... Nós podiamos aproveitar esse clima...

Maite: ...Obscenamente promiscuo... – Assinalou, fazendo-o rir.

Christian: ...Que está predominando nesse castelo, e tirarmos um tempo pra nós dois. – Ele virou ela pra si, tocando seu rosto com o dedão, beijando-lhe a maxilar em seguida.

Maite: Só nós dois? – Perguntou, sorrindo.

Christian: Só nós dois, eu e você, ninguém mais. – Disse, enchendo-a de beijos.

Maite: Gosto disso. – Respondeu, antes de beijá-lo. Ele a abraçou forte, erguendo-a do chão, sentindo o gosto doce de seus lábios.

Ali estava tudo em paz. Mas longe, muito longe dali...

Pablo: Você pediu ao teu pai que me mandasse reforços imediatos? – Perguntou, entrando no quarto.

Uma mulher estava sentada, penteando o cabelo, que era de um castanho claro, longo e liso. Ela virou o rosto, e seus olhos eram de um verde insoso. Seu nome era Perla.

Perla: Se eu não tive uma lua de mel, eles também não vão ter. – Explicou, simples. Ela não tivera uma lua de mel. Ela não tivera o casamento dos seus sonhos porque isso lhe fora roubado no ultimo momento. Agora era hora de pagar. Pablo sorriu, fazendo a volta pela cama, e ela se levantou. Ele tocou o rosto da esposa, ainda sorrindo.

Pablo: Como eu não encontrei você antes? - Ela sorriu, dando de ombros – Não se preocupe, eles não terão uma lua de mel. Ninguém terá. – Acrescentou e ela assentiu, satisfeita.

Era uma promessa. Posteriormente seria um problema.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora