capítulo 170

235 19 0
                                    

Maria: É um menino. – Avisou, e Dulce riu de leve, abrindo os olhos. 

Um dos médicos segurava o bebê, todo ensangüentado, e ele chorava, as mãozinhas em punhos, parecendo indignado.

Christopher mal havia passado os portões, aos ofegos, quando os sinos soaram. Não era a guerra dessa vez, só badalaram o sino três vezes. Ele parou, sem reação, olhando a torre.

Robert: Meus parabéns, papai. – Disse, assim que conseguiu alcançá-lo. 

Alfonso também tinha um sorriso satisfeito no rosto. Todos aguardaram, o silencio parecendo opressor. O sino soou novamente... Duas vezes. Todos gritaram em comemoração.

Christopher: É um menino. – Disse, meio abobado – Meu filho. – Ele não tinha reação nem de descer do cavalo – Meu filho nasceu. – Murmurou, um sorriso enorme nascendo no rosto, os olhos cheios d'água.

Nada mais que ele dissesse pôde ser ouvido, pois todo o reino ali presente gritou junto: "Vida longa ao príncipe!", repetidas vezes. Christian alcançou Anahi já sem entender, dentro do castelo.

Anahi: Onde você estava?! – Rosnou.

Christian: No meio do mato, por capricho de Christopher. Mas vê, não havia motivo pra se preocupar. – Disse, sorrindo. Ele olhou Kristen e Maite abraçadas, saltitando na sala ao lado – É hora de comemorar.

Anahi: Não seja estúpido! – Rosnou – Tente escutar! – Disse, mais branca que o normal. 

Christian deixou a cabeça cair pro lado, escutando... Escutando... Então franziu o cenho, confuso. Em geral um parto real tinha um acompanhante, dois médicos e três parteiras.

Christian: Anahi... Quantas pessoas tem naquela torre? – Perguntou, mas ela negou com o rosto, calada.

Na torre... O bebê já havia sido limpo, e já iam entregar ele a Dulce... Mas ela estava inquieta. Até que arfou, agarrando o travesseiro, os olhos em choque. A dor havia voltado, forte, impiedosa.

Dulce: Mamãe... – Exclamou, assustada, olhando a barriga. O relevo diminuíra... Mas não chegou a sumir. Ela olhou o bebê, e pelo que podia ver ele era de tamanho normal, até pequenininho assim por dizer. Não era "grandão". Só se... – Mamãe! – Maria, que observava os médicos com o bebê, se voltou pra ela. Mas antes que perguntasse o que, uma das parteiras, a que estava fazendo a remoção da placenta, avisou o que era.

Parteira: Ela entrou em contrações novamente. – Um dos médicos olhou – Há outra criança. – Anunciou. O rosto de ninguém ali foi de comemoração. Nada, nada bom.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora