capítulo 11

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Dulce só despertou na manhã seguinte. Estranhou porque não estava sob a cama. Estava sob algo que respirava, e haviam braços a sua volta, abraçando-a confortavelmente.

Christopher viu os olhos dela, avermelhados e confusos, se situando, e lhe acariciou o braço.

Dulce: Você ficou. – Disse, admirada, a voz rouca. Christopher acariciou o rosto dela – Passou a noite aqui e eu nem… – Ela passou a mão no rosto, olhando em volta – Perdoe.

Christopher: Tranqüila. – Disse, confortando-a – Apenas tive que trancar a porta. Seu amigo teve aqui duas vezes. Você nem acordou quando eu levantei, nem quando eu a apanhei no colo. – Comentou, distraindo-a.

Dulce: Que horas são? Nina virá me buscar. – Disse, mas não desencostou a cabeça do peito dele; Ali podia ouvir seu coração. O som era encantador.

Christopher: Nina não está. Na verdade, ninguém está. – Disse, dando de ombros.

Dulce: Ninguém… Onde estão?

Christopher: É aniversário de Robert. Haverá uma comemoração, e todos os criados foram mandados até o salão de festas, para organizar tudo. Seu amigo avisou que estava saindo, da ultima vez que tentou entrar.

Dulce: Eu deveria ter ido? – Perguntou, ainda confusa pelo sono. Christopher acariciou o cabelo dela.

Christopher: Não. Hoje tu não vais a lugar algum. Aliás, vai sair comigo, salvo engano. – Ele viu Dulce franzindo o cenho – Vou te levar a um lugar onde eu ia quando era mais novo. Lá poderemos ficar em paz. Vá se banhar. Eu vou preparar… Uma cesta.

Dulce: Tu vais preparar uma cesta? – Perguntou, rindo de leve.

Christopher : Se te fizer sorrir assim, vou. Não quero te ver triste. – Disse, tocando o queixo dela. Dulce sorriu e ele selou os lábios com os dela, apenas por tocar. – Anda, vai.

Dulce: E se nos verem?

Christopher: Mando matar. – Disse, e ela ergueu uma sobrancelha. Ele riu – Ninguém nos verá, confie.

Dulce o olhou, o olhar sondando-o por um instante, então se levantou, cambaleando com o vestido frouxo. Christopher sorriu, divertido, perante o olhar acusador dela a ele, após olhar o corredor, saiu. Ele foi logo em seguida. Vamos ver no que dá.

Os dois saíram juntos. Era estranho ver o castelo vazio daquele jeito. Christopher a levou pelos fundos do castelo, os dois se embrenhando no mato por um tempo. Ele levava a cesta e Dulce segurava o vestido, pra poder andar.

Dulce: Onde estamos indo? – Perguntou, logo atrás dele.

Christopher: Não consegue ouvir? – Perguntou, se virando pra olhá-la. Dulce parou um instante, aguçando o ouvido. Era água correndo.

Dulce: O rio? – Perguntou, e ele sorriu, assentindo.

Christopher: Cuidado com a pedra. – Disse, e a apanhou com um braço, erguendo-a do chão. Dulce dobrou as pernas e ele a passou pela pedra, pondo-a no chão novamente.

Os dois chegaram até o rio em poucos minutos. Havia uma parte onde era bem rasinho, dava pra ver as pedras, mas no centro era fundo, e havia certa correnteza.

O dia estava frio. Christopher os levou até uma parte seca, debaixo de uma arvore. Os dois sentaram ali e nem comeram, largando a cesta de lado, apenas conversando.

Christopher fez perguntas sobre o passado dela e ela respondeu exclusivamente com a verdade, ocultando apenas o fato de onde passara o resto da vida. Depois foi a vez dele falar. A conversa fluía levemente, os dois riam, era normal.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora