capítulo 77

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Alfonso: Algum problema, meu anjo? – Perguntou, apanhando a mão dela, e ela o encarou, o sorriso ainda perdido no rosto.

Anahi: Apenas me distrai. Perdoem. – Disse, mas ainda sorria, como se quisesse rir.

Christian a encarou por um instante, procurando algo que ele tivesse perdido, mas ela negou com a cabeça.

Dulce parou, ofegando, olhando o chão, considerando a idéia de passar sua verdade na cara dele agora, só para ver a convicção dele se desfazer, mas seria tolice.

Antes que ela pudesse se recompor ele apanhou o rosto dela pela maxilar, fazendo-a encará-lo.

Christopher: Já o disse, não se equivoque, carinho. Tu pertences a mim, não importa a circunstancia. – Dulce apenas o encarava com um ódio que não podia ser descrito.

Dulce: Me force. – Desafiou, os olhos fixados aos dele.

Christopher: Vou perguntar de novo: Perdeu o juízo, mulher?-

Dulce: Pois faça. Me obrigue. É o único modo de me ter em sua cama agora, querido. – Disse, parecendo subitamente tranqüila.

Apenas seus olhos e a cor pálida (exceto a marca vermelho sangue da bofetada) de seu rosto denunciavam seu ódio. Christopher sorriu de

Christopher: Sabe que eu posso fazê-lo. Quantas vezes me der vontade. – Assinalou.canto, e ela esperou.- Posso forçá-la a inicio. Mas me rejeitar nunca foi uma capacidade sua, não é? – Brincou, malévolo, e ela aguardou – Por fim estará se espreitando por mim, feito uma gata.

Dulce: Me force, Christopher. – Repetiu.

Christopher a observou por um instante, a raiva pulsando em seu sangue, então ele a beijou. Dulce franziu o cenho, travando os lábios e o empurrando. Ela estava blefando, ele iria mesmo forçá-la? Pode isso, produção? As mãos dela não eram ofensa pra ele, nem de longe ela tinha força para reprimi-lo.

Apanhando-a de surpresa Christopher mordeu os lábios dela, que perdeu um instante em sua resistência. Instante esse em que ele conseguiu a passagem que procurava: A beijou.

Robert: Que diabo, onde está Christopher? – Perguntou, entrando na sala.

Anahi: Está em seu quarto, brigando com a amásia dele. – Disse, tranqüila, abraçada ao marido, que lhe acariciava o braço.

Robert: Brigando porque? – Perguntou, incrédulo. Em geral Dulce e Christopher faziam de tudo… Menos brigar.

Anahi: Aparentemente ela descobriu que ele ia casar, e foi tomar satisfações. Eles gritaram por um bom tempo, ele esbofeteou ela, os dois brigaram mais, e eu parei de ouvir porque não é da minha conta. – Resumiu – A propósito… Tem alguém sangrando gravemente aqui por perto. – Observou.

Kristen: Como pode saber? – Perguntou, atrás de Robert. Robert, Anahi e Christian riram.

Anahi: Alguns de nós tem a audição aguçada. – Disse, reservada. Christian riu.

Alfonso: Você é um pequeno demônio. – Brincou, sorrindo, e beijou o rosto dela, levemente.

Voltando a torre… Mesmo tentada pelo gosto dele, o ciúme por saber que teria que partilhá-lo e o ódio porque isso seria pela vontade dele venceram. Ela o empurrou, o esmurrou, até que devolveu na mesma moeda: O mordeu.

O gosto do sangue dele veio na boca dela, mas ele não se demoveu. Ela continuou. Tinha os dentes cravados no lábio dele, que parecia nem se importar. Ele parou na tentativa, mas não pela dor, pois não se afastou. Apenas a encarou, observando-a. Dulce queria machucá-lo. Ela só parou instantes depois, os lábios cobertos de sangue, e ele continuou observando-a.

Ela o encarou por bem um minuto. O sangue descia pelo queixo dele, pingando na camisa, mas ele nem estava ligando. Parecia procurar algo nos olhos dela. Por fim ela se soltou dele, saindo correndo.

Christopher respirou fundo, pensativo. Dor física era algo muito fútil. Se ele quisesse tê-la forçado, assim o seria. Mas ele a amava demais para isso. Pena que ela não parecia entender.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora