capítulo 13

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Tony passou no quarto de Dulce apenas na manhã seguinte. A festa do aniversário de Robert ainda repercutia;

Dulce dormiu levemente. Não soube que foi Christopher que foi ao quarto dela, na madrugada, tirando-lhe o livro da mão e cobrindo-a direito.

Tony: Como você está?

Dulce: Vou sobreviver. – Tentou brincar, sorrindo. Tony sorriu, então seus olhos focalizaram algo. O livro, ao lado dela, na cama.

Tony: Dulce, tu roubaste o livro? – Perguntou, alerta.

Dulce: Não. – Disse, e abraçou o livro, na defensiva.

Tony: Como não? Esse livro é da biblioteca particular de Christopher, ele não deixa que ninguém os toque, porque fez isso? – Perguntou, exasperado. Dulce ainda segurava o livro – Anda, me dá.

Dulce: Não! – Disse, descrente.

Tony: Eu vou tentar repor no lugar antes que ele dê falta, anda, me dá! – Insistiu. – Christopher a matará por esse livro, sabe disso? – Ele avançou pra tomar o livro dela.

Dulce: Foi um presente!

Houve um instante de silencio no quarto. Tony olhou o livro luxuoso pro rosto de Dulce.

Tony: Um presente? De quem?

Dulce: De… De mim mesma. Eu mereço. Vou ler, depois reponho.

Tony: Dulce…

Dulce: Me deixa em paz, Tony! – Disse, exasperada – Christopher não vai me matar por esse livro. – A certeza na voz dela quase a denunciou.

Mas Tony não fez nada. Apenas negou com a cabeça, saindo dali. Ela respirou fundo, afundando na cama.

Era noite. Madrugada, pra ser mais exata. A chuva açoitava as paredes, e fazia frio. No quarto de Dulce as velas estavam pela metade.

Christopher estava deitado de costas na cama, amparado na cabeceira, com ela deitada em cima de si, as costas amparadas em seu peito forte.

Os dois estavam cobertos da cintura pra baixo. Christopher tinha os seios de Dulce nas mãos, confortavelmente, como quem ampara, ou mede, o dedão a acariciando ternamente.

Uma aliança dourada, que não era dela, brilhava no anular esquerdo dele, mas ela não se importava.

Christopher: Tu tens dormido alguma noite esses dias? – Perguntou, divertido.

Dulce: Tanto quanto tu. – Disse, divertida.

Christopher: Eu te canso? – Perguntou, beijando o ombro dela, que sorriu.

Dulce: Se eu pudesse tê-lo por ainda mais tempo, assim seria. – Disse, virando o rosto, oferecendo-o para ser beijado.

Christopher sorriu e a beijou lentamente, de modo doce. Então houveram batidas na porta.

Nina: Dulce?

Dulce: Eu estou deitada, qual o teu problema? – Perguntou, e Christopher mordia a orelha dela, distraindo-a.

Nina: Doce como sempre. Preciso de tua ajuda na cozinha. Anda, te levanta.

Dulce: Mas é madrugada! – Exclamou, e colocou a mão na boca pra não rir pelas cócegas em seu pescoço. A barba dele, por fazer, as vezes pinicava.

Nina: Tu não trabalhaste na festa, é justo que vá ajudar. E não vou discutir. Porque esta porta está trancada? – Perguntou, e houve o barulho da maçaneta sendo forçada.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora