capítulo 45

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Dulce o encarou por instantes, ultrajada. Era impossível! Por fim ele ergueu a sobrancelha, dando-lhe um ultimato, e ela revirou os olhos, desamarrando o roupão.

Ele sorriu. Ela deixou o roupão em uma poltrona do quarto e caminhou até a cama, agora conseguindo subir.

Dulce: Está doendo? – Perguntou, passando por cima dele para olhar o curativo. Continuava limpo. Christopher brincou com o feche do corpete dela. – Christopher!

Christopher: Não resisti. – Disse, como uma criança pega no flagra – Não, não está doendo, nada que eu não possa suportar. – Ele a apanhou nos braços, fazendo-a se deitar em seu peito. – Seu cabelo está mais escuro. – Comentou, beijando-lhe o rosto.

Dulce: Eu sei. – Christopher a censurou com o olhar – Não fui eu.

Christopher: Não, imagina. – Disse, debochado – Mas deixemos isso pra lá. Sei de algo melhor…

Ele a beijou novamente. Aquilo durou bem meia hora. Ele alternava entre sua boca, o rosto e o pescoço, às vezes ousando o decote do corpete. As velas se gastaram enquanto os dois continuavam ali, entre carinhos.

Dulce: Não seria melhor parar agora? – Perguntou, com a voz meio cortada, os lábios entreabertos, enquanto ele afastava a alça de seu corpete, distribuindo beijos chupados aqui e lá.

Christopher: Não gosta? – Perguntou, e a voz dele, rouca e baixa, fez ela se arrepiar.

Dulce: Gosto… Demais. – Disse, tentada – Esse é o problema.

Christopher: Só é problema se você quiser que seja. – Propôs, a boca mordendo a orelha dela.

Dulce: Ah… – Ela se encolheu, e ele beijou toda sua maxilar até o queixo de modo demorado – Você prometeu. – Impôs, antes que ele a fizesse esquecer disso.

Christopher: Me faça quebrar a promessa. – Ofereceu, e a mão dele que estava em sua cintura desceu de modo pegado pelo quadril, até a coxa, que ele apertou com volúpia.

Dulce: Não faça. – Disse, torturada.

Christopher: Não estou fazendo nada. – Disse, descendo a boca pelo colo dela, só passando os lábios – Não vou fazer nada que você não queira.

Dulce: Eu não quero que você me toque. – Ofereceu, na hora, e ele sorriu.

Christopher: É? – Perguntou, subindo a mão da coxa dela até os seios. Ele desviou sutilmente do corpete, apanhando um dos seios dela, enchendo sua mão, e apertando-o. Dulce não conseguiu conter um gemido abafado. Os dedos dele buscaram o mamilo dela, descobrindo túmido, rígido. Ele o apertou entre os dedos - Mentirosa. - Acusou, sorrindo, e mordeu os lábios dela.

Dulce: É o inferno, eu deveria ter ido embora.

Christopher: Eu iria buscá-la. - Disse, antes de calá-la com mais um dos beijos que a deixavam com a pulsação alterada. Enquanto a beijava Christopher deixou a mão brincar com o corpo dela, atiçando-a, provocando-a. Dulce emergiu do beijo, deixando os lábios dela, e quase ofegava.

Dulce: Agora basta. - Disse, afastando a mão dele.

christopher: Eu conheço outra opção. - Disse, com a boca no ouvido dela. Ele beijou-lhe o ouvido superficialmente e ela estremeceu. Os lábios dele estavam quentes, úmidos… Christopher a ergueu com os braços, fazendo-a se sentar em seu colo, com uma perna em cada lado. Dulce cravou as unhas no braço dele ao se sentar bem em cima do membro dele, a essa altura pronto pra qualquer coisa - Bem melhor do que a que você me oferece. - Concluiu.

Dulce: Você vai se… HUM! - Gemeu, languida, quando ele a apanhou pelo traseiro com as duas mãos, pressionando sua intimidade contra o membro dele ao mesmo tempo que erguia o quadril contra ela - Você vai se machucar. - Lamentou, vendo a batalha perdida.

Christopher se divertia mordiscando os seios dela por cima do corpete, como se a idéia da roupa estar no caminho fosse desafio.

Ele a puxou contra seu quadril de novo e ela suspirou, enlaçando as mãos no pescoço dele, os dedos adentrando o cabelo enquanto dava um beijo mordido na curva do pescoço dele.

Christopher: Deixe que eu faça o que quero, e não vou me machucar. - Disse, erguendo o rosto aos poucos - Eu quero você, carinõ. Eu a quero tanto agora que nada vai me machucar mais que sua rejeição.

Dulce o encarou por um instante, indecisa. Os olhos de Christopher pareciam flamejar.

Ela suspirou, desistindo. Já estava no inferno mesmo. Ele suspirou, com urgência, quando ela o beijou.

As mãos dele agarraram o short dela como se quisessem rasgá-lo… E rasgou. A mão dele procurou a intimidade dela, testando-a, e ele sorriu ao ver que ela já estava mais que pronta pra ele.

Dulce, deliciada no beijo dele, só sentiu ele se remexer debaixo de si (afastando a calça), e as mãos dele a buscaram.

Christopher: Aqui. - Disse, puxando o quadril dela. Com um movimento sutil ele possuiu o corpo dela. Dulce mordeu o ombro dele, contendo o grito que veio até sua boca - Assim… - Disse, satisfeito. A voz dele já estava cortada.

Bom, havia um tanto de razão quando Christopher disse que deixando-o fazer ele não se machucaria.

Naquela posição o ferimento dele nem era tocado, funcionava a todos os efeitos. Ele ganhou ritmo aos poucos, guiando-a pela cintura.

A pulsação de Dulce estava tão forte que o coração dela ameaçava pular pra fora. Meu Deus! Christopher a beijava, a tocava, ela não conseguia respirar! Sua memória não lhe fazia justiça, nunca fizera!

Dulce: Ah. - Gemeu, ainda apertando os braços dele. Sentia os músculos dele se movendo, e isso era…

Christopher: Hum? - Perguntou, mordendo o queixo dela. O quarto estava quase todo escuro agora, pela ausência das velas. Dulce não conseguiu responder. Os corpos dos dois se friccionavam agora quase com violência. - Diga o meu nome, cariño. Preciso ouvir tua voz. - Pediu, passando os lábios pelo ombro dela.

Dulce: Christopher. - Chamou, atendendo o pedido dele. As mãos dela adentraram o cabelo dele enquanto ela distribuía vários chupões pelo pescoço dele, e algumas mordidas - Christopher… Ah, meu Deus. - Gemeu, e ele subiu uma das mãos por suas costas até adentrar os cabelos. Ele ergueu o rosto dela, beijando-a.

Não demorou muito, tamanho desejo. Os dois se vieram quase juntos; Primeiro ela, e ele após senti-la. O silencio reinou. Dulce estava desmontada no peito dele, sentindo o coração dele tamborilar. Instantes depois a mão dele passou pelo cabelo dela, acariciando-a.

Dulce: Seu corte… - Disse, cansada, tentando olhar o curativo. O que ela conseguiu ver estava branco.

Christopher: Eu estou no céu. - Brincou, beijando o cabelo dela. Ela ergueu os olhos, encarando-o. O silencio durou por minutos, os dois se encarando.

Dulce: Amo você. - Disse, em um murmúrio. Christopher sorriu de canto.

Christopher: Eu também. - Respondeu, antes de beijá-la.

Logo os dois dormiram. E foi assim que aconteceu.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora