capítulo 69

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Semanas depois...

O dia do baile chegou. Na primeira semana depois do mês em que Rubi expirara. Dulce acordou e Christopher já havia partido. Ela seguiu sua rotina, cuidou de Bia e fez tudo de modo normal.

Ao entardecer deixou Bia brincando e foi em seu quarto, sentar um pouco para descansar as pernas. O choque se deu quando abriu a porta do quarto. Havia um vestido em sua cama. Era o vestido mais lindo que ela já havia visto.

De festa, cor de pele, meio acizentado, com vários detalhes. Dulce perdeu a fala. Ela se aproximou da cama, tocando o tecido do vestido. Era leve, suave. Na loucura de Christopher sobre ela ir ao baile ela nem pensara que não tinha roupa para ir.

Mas ele pensara, e lá estava. O vestido, roupa de baixo, sapatilhas, meia calça, luvas cinzas e uma mascara negra. Do lado da mascara havia uma rosa vermelha e um bilhete.

Ela sorriu, apanhando o papel branco, pesado, e desdobrando-o.

Use isto e será a mulher mais bonita da história da criação. A mulher que estará ao meu lado, e que fará os homens terem inveja de mim por possuí-la.

Eu te amo. Christopher.

Nina: Dulce, Bia se recusa a ir pro banho se você não for até lá, e antes que eu perca a paciência... – Ela parou na porta aberta, olhando tudo. O vestido, delicado, estendido na cama. As roupas, as luvas, a sapatilha preta, tão nova que parecia lustrada... A mascara. – Eu não acredito nisso. Ele vai levá-la ao baile?!

Dulce: As coisas em que tu não crês e que são verdades poderiam compor um livro.

Nina: É impossível. – Disse, exasperada, olhando o vestido.

Dulce revirou os olhos, se aproximando dela, mostrando o bilhete. O rosto de Nina desmoronou, e Dulce riu, pondo o bilhete na cama, junto ao vestido.

Dulce: Vou ver Bia. Vamos, saia daqui. – Nina a olhou, ainda incrédula – Não pense que eu vou deixá-la aqui para quando voltar encontrar meu vestido em frangalhos. – Disse, e esperou Nina sair. Ela trancou a porta – Se alguma coisa acontecer a esse vestido direi a Christopher que foi tu, e que Deus tenha piedade da tua alma perante a fúria dele. – Avisou, se fazendo entender, e saiu.

Uma vez longe de Nina, Dulce riu gostosamente. Estava rindo quando chegou ao quarto de Bia. A menina sorriu, satisfeita.

Dulce: O que houve, anjo? – Perguntou, se sentando.

Bia: Uma criada queria me levar pro banho. Eu disse que você era minha criada, e que eu só ia com você. – Disse, orgulhosa, e Dulce sorriu.

Dulce: Mas precisarei sair. – Disse, acariciando o rosto da menina. – Trabalharei no baile.

Bia: Ah. – Disse, erguendo as sobrancelhas – Eu esqueci.

Dulce: Fazemos assim. Te dou banho e te deixo prontinha, então outra criada trará seu jantar, trato? - Ofereceu a mão.

Bia: Trato. – Disse, apertando a mão de Dulce, que riu, abraçando a menina.

Dulce banhou Bia, a aprontou e deixou a menina jantando. Depois foi pro próprio quarto, tomando um banho bem perfumado e demorado. Em seguida escondeu o vestido e as coisas e pediu a uma criada para enlaçar seu corpete.

Quando terminou Dulce mal conseguia respirar. Agradeceu e a criada saiu. Ela vestiu a meia calça, e em seguida o vestido, apertando-o ainda mais, por cima do corpete.

Resultou lindo. O corpete tinha a aparência meio metálica, o decote em V, os seios fartos realçados, e as camadas do vestido delicadamente pousadas. Encaixou os pés nas sapatilhas que logo ficaram ocultadas pelo vestido. Soltou os cabelos e os escovou até que os cachos pareciam lustrados, em um chocolate escuro perfeito caindo pelo meio das costas. Calçou as luvas e por fim pôs a pequena mascara.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora