capítulo 167

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Dias depois...

O conselho se reuniu para o julgamento de Matt. Christopher estava irredutível; sua raiva passara, mas o susto ainda o assombrava, e ele queria a morte do rapaz. Christian preferia procurar saber antes de agir. Alfonso não via necessidade de matar, e Robert não estava dando à mínima. No momento em que iam começar a discutir...

Alfonso: Podemos resolver isso logo? – Perguntou, olhando a mesa – Ainda temos que fazer a ronda, e eu quero voltar antes que essa chuva caia, e antes do anoitecer. – Disse, quieto.

Dulce: Perdoem o atraso. – Disse, entrando na sala. Usava um vestido azul água, segurando o tecido das pernas.

Christopher: Como você desceu as escadarias? – Perguntou, exasperado.

Anahi: Bom dia. – Respondeu, se mostrando atrás de Dulce.

Christopher: O que está fazendo aqui, Dulce? – Perguntou, se virando.

Dulce: Eu sou a testemunha. Eu vivi o fato que vai ser julgado, logo, eu tenho que estar aqui. – Robert puxou uma cadeira pra ela, que se sentou com cuidado. – Obrigada, Robert. – Ele assentiu com a sobrancelha. Dulce suspirou. Não se sentia bem desde a madrugada, não dormira nada.

Alfonso: Muito bem. Diga o que tem a dizer, Dulce. – Disse, se virando.

Dulce: Matt me raptou, sim. – Dulce fez uma careta debochada – Mas não teve coragem de me matar.

Christopher: Se não ia ter coragem de matá-la, porque a levou? – Insistiu.

Dulce: Porque estava preso! – Ela respirou fundo – Pablo matou toda sua família, os pais, a irmã, todos, e ele estava preso. Só conseguiu sair porque recebeu a ordem de me matar. – Contou. Dulce estava meio tonta. – Tem uma esposa, Caroline, que está em uma cabana no mato, grávida, foi a única que ele conseguiu salvar. Christopher, por favor. – Christopher a observava, impassível – Estou rogando por ele. Se o matar, a esposa dele morrerá de inanição, junto com o bebê, esperando por seu retorno. É crueldade demais, principalmente por quem poupou minha vida e a de Bia.

Robert: Não vai dizer nada? – Perguntou, achando graça do silencio de Anahi. Esta tinha uma aparente preocupação no rosto, uma angustia, e olhava a barriga de Dulce fixamente.

Anahi: Eu não estava lá. – Respondeu, distante.

Dulce: Estou implorando. Não o matem. – Pediu, respirando fundo – Peço que dêem asilo a ele e a esposa. – Alfonso ergueu a sobrancelha. Ai já era demais – Eu coloco minha mão no fogo de que ele não criará problema. Ele é jovem, só quer ter o filho dele em paz. Por favor.

Robert: Deliberemos. – Disse, parecendo entediado.

Christopher: Conhecem meu voto. – Disse, quieto.

Christian: Ele não lhe fez mal algum? – Dulce negou – Então não há necessidade de matar o homem.

Robert: De acordo. – Disse, tranqüilo – Alfonso?

Alfonso: Deixem-no em paz. – Dulce suspirou, agradecendo com o olhar.

Todos se levantaram, rumo as masmorras. Anahi tinha o olhar distante, enquanto se levantava. Robert apanhou a mão dela, fazendo-a rodopiar, como em uma dança, então a inclinou para trás. Ela riu.

Anahi: Robert, eu sou uma mulher casada. – Riu, encarando-o. Ele ergueu as sobrancelhas de modo debochado.

Robert: Então temos algo em comum. – Brincou, pondo-a de pé novamente. Ele riu, saindo dali, e ela foi atrás.

Dulce não tinha boas lembranças das masmorras. Na ultima vez em que estivera ali, passara pelos piores dias se sua vida. Ao abrirem a porta ela entrou na frente.

 Matt estava sentado no monte de feno onde ela passara sua ultima noite ali, ainda algemado com as mãos nas costas. Ele ergueu o rosto, assustado, quando todos entraram. Dulce se aproximou, e ele se levantou, tropeçando. Estava ficando fraco.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora