capítulo 130

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Aquilo distraiu Dulce por instantes. A costureira tinha modelos dos mais perfeitos vestidos que ela já havia visto, e além. Dulce queria o vestido perfeito para quando fosse se tornar mulher de Christopher. Depois do que Rubi fizera, ele merecia o melhor. Dias depois...

Christopher: Soube que tu estas trabalhando em um vestido. – Comentou. 

Os dois caminhavam no jardim dos fundos. Ele a observava, como quisesse memorizar cada pedaço.

Dulce: E eu, que tu estas trabalhando em uma coroa. – Rebateu, o que o fez sorrir.

 Ia perguntar quem os delatara... Mas a mini delatora passou correndo em frente aos dois, rindo.

Christopher: Como está indo?

Dulce: Você não pode saber. – Rebateu, imediatamente. Christopher franziu o cenho, confuso – O noivo não pode saber do vestido antes do casamento. Dá azar.

Christopher: Oh. – Disse, entendendo.

Dulce: E tu? – Perguntou, divertida.

Christopher: Estou indo maravilhosamente bem, já que perguntas. Quero uma coroa perfeita, para a rainha perfeita. – Disse, parando de andar e tomando o rosto dela entre as mãos. Ela sorriu.

Dulce: Soube que tua audiência foi marcada para antes do casamento. – Disse, preocupada.

Christopher: Não se moleste com isso. Eu darei um jeito. – Disse, tocando o nariz dela. Dulce fez um bico insatisfeito. Ele lhe deu um selinho – Não sabe como sinto tua falta. – Disse, olhando os lábios dela.

Dulce: Me prendem. – Se queixou, insatisfeita, tocando o queixo dele.

Christopher: Eu sei. No fundo, estão certos. Haveriam boatos, seria o inferno. – Ele selou os lábios com os dela novamente, como se testasse o gosto – Mas está sendo impossível. – Murmurou.

Dulce olhou por cima do ombro dele, procurando Bia, mas a menina havia sumido. Ele sorriu vendo a expressão dela, que o beijou em seguida. Ele suspirou, satisfeito pela iniciativa, tomando espaço entre os lábios dela e devorando-lhe a boca.

 Ela arfou, languida, e ele a abraçou forte pelas costas, oprimindo o corpo contra o dela, os lábios quase se machucando de saudade... Então um barulho os interrompeu. Era... Algo estava cacarejando. 

Os dois abriram os olhos, ainda com os lábios unidos, ambos confusos. Olharam pro lado a tempo de ver Bia passar desembalada, correndo atrás de uma galinha. A galinha tinha uma vantagem obvia, mas a menina tentava, perdendo tempo toda vez que se lançava para agarrar o animal. Dulce riu alto.

Christopher: Mas... Porque ela está fazendo isso? – Perguntou, aturdido. A galinha passou quicando em frente a eles, e Bia atrás. Dulce ainda ria. – BIA! – A menina não deu bola.

Dulce: Deixe ela. – Disse, abraçando-o.

Christopher: E se ela cair? – Perguntou, exasperado.

Dulce: Se levantará. – Ela beijou o queixo dele. – Soube que está reformando a torre. – Disse, chamando a atenção dele antes que ele cortasse a alegria de Bia.

Christopher: É necessário. Quando me mudei para lá estava aturdido demais para pensar em algo, e então terminou uma torre... Masculina. – Explicou – Mas agora tenho uma rainha. – Ela sorriu com a suposição.

Dulce: Não precisa mudar nada, se não quiser. Gosto dela do jeito que é. – Disse, fungando do perfume dele.

Christopher: Por enquanto só estou ampliando os armários. Não sou bom com arquitetura. – Disse, franzindo o cenho – Tu estas livre para mudar qualquer coisa, é só dar a ordem. – Disse, baixando o rosto para olhá-la – E se preferir outra torre, há uma suficientemente grande na ala norte que nós podemos tentar adap... – Ela tocou os lábios dele com o dedo, calando-o.

Dulce: Só faça o necessário. Quero ela do jeito que é. – Christopher sorriu. Odiaria ter que ter o trabalho de ir para a outra torre, embora jamais fosse admitir. Estava acostumado com as coisas do jeito que estavam... O que o fez lembrar do pandemônio que foi sua vida quando casou com Rubi; ela fez questão de mudar TUDO de lugar (Na antiga torre, a qual ele deixou após sua morte) – Deixe as camisas sob a cadeira, a porta do banheiro sempre encostada e a toalha molhada em cima da cama. – Ele riu de leve, apaixonado. Ela sempre o repreendia por isso. – Não quero que você mude em nenhum único aspecto. – Encerrou.

Christopher: Amo você. – Disse, encantado, acariciando-lhe os cabelos... – BIA! – Exclamou, soltando Dulce quando a filha passou a sua frente novamente, seguindo a galinha branca, atordoada.

Dulce riu vendo Christopher correr atrás de Bia. Ele alcançou a menina em poucas passadas, carregando-a. A galinha se safou, sumindo de vista. Ele jogou Bia, que ria gostosamente no ombro e foi na direção de Dulce, que correu, mas logo foi alcançada. A apanhou pela cintura, erguendo-a do chão e mordendo-lhe o ombro, o que a fez gritar. A felicidade parecia estar ali, no alcance das mãos.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora