capítulo 93

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Dulce: Posso escovar os dentes? – Perguntou, quieta. Estava com sono.

Christopher: Eu sou muito obtuso. – Comentou, se levantando.

Foi engraçado Christopher escovando os dentes de Dulce. Ela ria as vezes, ele ralhava com ela, e ria em seguida. Depois que ela estava totalmente limpa, o corpo, o cabelo e os dentes, ele encheu a banheira com água quente e óleos perfumados, deixando-a relaxar.

Christopher só saiu por um instante: Para buscar roupas para ela. Quando voltou, a carregou para fora da banheira, secando-a e vestido-a. Em seguida foi outro processo: Pentear-lhe os cabelos.

Dulce tinha os cabelos longos, e estavam embaraçados. Christopher não tinha o menor jeito com isso, mas não desistiu até ver os cachos úmidos cuidadosamente penteados. A surpresa dela foi quando ele a colocou em sua cama, bem no meio, após afofar os travesseiros.

Dulce suspirou, satisfeita, ao ser acolhida na cama. O medico veio e a consultou, recomendando alguns chás para dor. A medicina era muito obsoleta naquela época, não tinha como diagnosticar nada direito.

Depois que o medico se foi, Christopher levou uma bandeja enorme de comida a Dulce, que comeu, satisfeita. Depois lhe deu o primeiro chá que o medico receitou. Era pra ser uma xícara, mas Christopher levou um copo enorme.

Dulce estava empanturrada no final. Não sentia mais fome, ou sede. Só doía quando ela se mexia. Ele se aproximou, puxando os cobertores pra cima dela, e em seguida foi atiçar o fogo da lareira.

Dulce estava quase dormindo quando ele se virou para ela.

Christopher: Se sentir alguma coisa, qualquer coisa, apenas olhe para mim. – Disse, puxando uma cadeira.

Dulce: Não seja… – Ela bocejou – Tolo. Deite aqui, a cama é enorme. – Disse, cada vez mais sonolenta.

Christopher: Você não me odeia? – Perguntou, olhando-a.

Os cachos caíam sob os travesseiros brancos, e o rosto tinha grandes manchas roxas, estava inchado e meio partido.

Dulce: Não. Juro que não. – Christopher a observou – Você devia ter me matado. Qualquer um teria me matado. Robert, Christian, Alfonso… Teriam me matado do modo mais doloroso. Mas não tu. Eu menti para você, e você me deixou viver. Eu sou grata por isso. – Ela estava quase dormindo – Eu o puxaria para cama, mas não tenho força. – Disse, derrotada.

Christopher tirou os sapatos, as meias, o colete, desabotoou o cinto e alguns botões da camisa, passando para debaixo dos cobertores, junto a ela. Quando a olhou ela já dormia, exausta. Ele apanhou a mão dela, que graças a Deus não estava roxa, e a beijou levemente.

Como havia encontrado uma mulher assim, entre todas no mundo? Como permitira que a raiva o cegasse a ponto de deixar que a machucassem naquele ponto?

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora