capítulo 107

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Alfonso: Você sabe que isso é uma armadilha. – Ressaltou, vendo Christopher montar no cavalo. Nem a armadura colocara, apenas apanhara a espada.

Christopher: Sei. Escutem. – Christian, Robert e Alfonso observavam – Eu não posso deixá-la lá. Não posso permitir que chegue as mãos dele. Eu… Eu não sou capaz. – Ele respirou fundo – Se eu não voltar, cuidem de Bia. Cuidem para que Pablo não tome conta do meu reino. Honrem meu nome.

Christian: Boa sorte. – Christopher assentiu e puxou as rédeas do cavalo, saindo a galope.

Christopher atravessou a cidade como um raio. Todos saiam do caminho. Em sua cabeça só havia algo: Pablo havia pego Dulce. Sua Dulce. Ah, ele preferia morrer a permitir isso.

Ao chegar na fronteira alguns soldados se olharam, confusos, mas Christopher fez o cavalo saltar sobre a barreira, sumindo dentro das arvores. Encontrá-la ali seria impossível. Ultrapassar a fronteira de Pablo seria impossível; Ele seria alvejado só ao ser visto.

Cavalgou por minutos a fio, desviando de arvores. Ao chegar em uma pequena clareira avistou algo caído no chão, mas não teve tempo de identificar o que era: Algo pesado atingiu sua cabeça, na região da nuca, causando uma dor insuportável e aguda, e ele caiu do cavalo. Quando chegou ao chão já havia desmaiado.

Christopher não sabia quanto tempo havia se passado. Ele despertou sabendo que tinha algo urgente a fazer, mas não sabia o que era. O tempo estava tão frio, ventava tanto! Havia o cheiro das arvores e da grama molhada.

Algumas gotas caiam do céu. Dulce! Ele abriu os olhos, olhando em volta. Sua cabeça doía barbaramente. Ele olhou em volta, a clareira estava vazia, a não ser…

Christopher: Dulce. – Murmurou, vendo que o vulto caído era ela. Ele procurou forças, mas não achou. Se arrastou um instante, logo engatinhando em direção a ela. Mesmo engatinhando as vezes ele tropeçava, caindo de novo. A alcançou e a apanhou no colo, pegando seu rosto – Ei, acorde. – Chamou, tonto.

Pablo: Ora, ora, ora. – Disse, se desencostando de uma arvore, se aproximando – O nobre Christopher, de uma linhagem unicamente de sangue puro, se curvando e se arrastando por uma plebéia. – Disse, cruel. Christopher tateou a bainha a procura da pistola, ou da espada, mas nada – Não seja tolo.

Christopher: Vá para o inferno. – Rosnou

Pablo: Estou nele. – Respondeu, caminhando, tranqüilo.

Christopher: Porque não a deixa em paz? – Perguntou, raivoso, puxando a Dulce ainda desfalecida mais para si.

Pablo: Ela? – Perguntou, com descaso – É só um brinquedo que você me tomou. Em geral quando eu enjôo, jogo meus brinquedos fora. Mas não foi por isso que eu o trouxe aqui. – Disse, de braços cruzados. – Temos uma conversa pendente, antes que a guerra possa seguir.

Christopher: Não tenho nada para conversar com você. – Rosnou, raivoso. A presença de Paul o enojava.

Pablo: Percebi que tu estas mantendo essa guerra sob os pilares errados. Você precisa entender, para então eu poder matá-lo. – Christopher riu, debochado – Precisa entender o que eu fiz, e porque eu o fiz. Precisa entender porque eu declarei guerra contra você partindo do nada. Nós temos um assunto em comum, Christopher. – Disse, e havia um sentimento estranho em seus olhos. Parecia ódio, fúria.

Christopher: Não tenho nada em comum contigo. – Rosnou.

Pablo: Temos Rubi.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora