capítulo 146

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Christopher: SAIA DAQUI! – Rugiu, exasperado, e Robert gargalhou gostosamente.

Robert: Mas está uma coisa linda! – Disse, debochado, fazendo biquinho. Christopher suspirou, exasperado.

Christopher: Robert, eu vou me casar. Hoje. Agora. DEIXE EU TERMINAR DE ME ARRUMAR?! – Pediu, exasperado.

Robert: Não estou interrompendo. – Disse, se fazendo de ofendido, e passou a coroa de Christopher, que estava em cima da cama no braço, girando.

Christopher: Se alguma pedra cair eu vou fazer você engolir todo o resto. – Avisou, fechando o colarinho da camisa.

Robert: Gostaria de vê-lo tentar. – Disse, girando a coroa.

Alfonso: Robert, não seja insuportável. – Robert riu. Alfonso tomou a coroa de Christopher, se virando pro próprio – Você tem que ir.

Christopher: E Dulce? – Perguntou, com toque de ansiedade.

Robert: Christopher, vendo sua ansiedade, se eu não te conhecesse juraria que você era virgem. – Disse, fazendo biquinho de novo. Com essa Alfonso riu.

Alfonso: A carruagem está aguardando. Dulce irá em seguida. – Christopher assentiu, apanhou a coroa e saiu. Robert ainda ria.

Dulce estava pronta. Os cachos estavam formosamente delineados, mas ela não deixou que prendessem. Christopher gostava deles soltos. O vestido resultou em um lindo tomara-que-caia, com 20 camadas de saia (Acordo entre Anahi e Maite). O véu longo, que ia até o chão, se arrastando, estava preso as raízes do cabelo.

Maria: Está na hora, bebê. – Disse, e Dulce se virou, os olhos ansiosos – Está parecendo um anjo, Dulce. – Elogiou, e ela sorriu. Então uma criada veio confirmar a carruagem que aguardava.

Dulce respirou fundo e foi. Finalmente seu dia chegara.

Cada casal de reis foi em uma carruagem, Christopher sozinho na primeira e Dulce com Bia na ultima. O reino em peso estava em frente a catedral.

Após Christopher entrar, parando para acenar para alguns, e para umas poucas fotos, vieram Christian e Maite. Pipocaram fotos para os dois, que sorriram, antes de entrar. A próxima carruagem foi a de Robert e Kristen. Robert, cheio de gracinhas, arrancou suspiros, logo sendo levado por Kristen para dentro da catedral. Na ultima carruagem…

Alfonso: Me dê suas mãos. – Pediu, tranqüilo.

Anahi estava linda. O vestido negro alinhado, os cabelos em um penteado sofisticado… Mas o rosto triste. Ela deu as mãos a ele , que retirou as luvas dela. Ela ia protestar, mas…

Anahi: Sumiu. – Disse, exasperada, olhando os pulsos.

As marcas sumiram, só haviam sombras, que estavam sumindo também.

Alfonso: Christian veio conversar comigo. – Ela o encarou.
Ele sorriu e puxou o braço do terno, em seguida desabotoou o punho da camisa, revelando o pulso. Estava cortado. O corte era recente, fundo. Não sangrava mais, mas ela podia ver.

Anahi: O que foi isso? – Perguntou, exasperada. Ele ergueu a sobrancelha, denunciando o obvio enquanto fechava a camisa e ela ergueu as sobrancelhas, entendendo. – Bem que era familiar. – Disse, e ele riu, puxando o terno pro lugar – Obrigada. – Disse, se lançando no pescoço dele, beijando-o docemente. A carruagem parou com um solavanco.

Alfonso: Christian explica depois. Venha. – Ele desceu, oferecendo a mão a ela.

Os dois entraram na catedral, que estava lotada. Haviam barreiras na porta da catedral, barrando até onde os súditos podiam ir, havia muita gente ali parada, querendo observar, dar pelo menos uma espiadinha no casamento real, fora a segurança. Houve um espaço de tempo até que a ultima carruagem chegou.

Christopher estava impaciente, andando de um lado pro outro. Até que a marcha nupcial tocou, imponente. Todos se viraram para olhar. A primeira sapatilha de Dulce tocou o tapete e ela saiu da carruagem, se expondo aos olhares de todos. Tinha um buquê de rosas vermelhas na mão.

Bia apanhou a mão livre dela, apertando-a, e Dulce sorriu. A menina passou a sua frente, usando um vestido dourado e rosa, a coroa no topo dos cabelos lisos, com uma cesta de pétalas de flores na mão, jogando pelo caminho, feliz.

Christopher observava, mas a catedral era enorme, e ele nem podia ver Bia ainda. Mas podia ver Robert.

Robert: Se você desmaiar eu vou rir disso pelo resto da minha vida. – Comentou, a voz vindo de trás de Christopher.

Robert, lamentavelmente, era o padrinho de Dulce.

A marcha ainda tocava.Dulce deu seus primeiros passos, então notou algo. Alguém no meio da multidão. Pablo. Quieto, observando tudo. Então ela abriu o sorriso mais radiante que já havia aberto até então, quase um desafio.

Ele sorriu de canto e assentiu com a cabeça uma vez. Ela sabia que ele não podia fazer nada, e nem o fato de seu casamento estar acontecendo sob uma guerra ofuscou aquela felicidade.

Ela caminhou, tranqüila, e entrou na catedral. Ela olhou em volta, tudo estava tão perfeito! Bia sorria, radiante, a sua frente. Dulce olhou pra frente, aguçando os olhos… E seu olhar encontrou o de Christopher.

Ele tinha um sorriso glorioso no rosto, o que fez ela sorrir também. Os instantes seguintes foram torturantemente longos. Ela queria sair correndo ao encontro dele, mas seus passos eram lentos. Por fim chegou até ele, ainda com o sorriso no rosto.

Christopher: Você não tem idéia do quanto eu esperei por você. – Sussurrou, e ela sabia que ele não estava falando apenas da igreja.

Dulce: Eu esperei a vida toda. – Respondeu, e o sorriso dele aumentou. Bia apanhou o buque de Dulce, que deu a mão a Christopher, ambos caminhando juntos os poucos passos que faltavam até o altar.

E nada podia ser mais perfeito.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora