capítulo 137

257 18 5
                                    

Christopher: Mas eu quero dizer. Você é minha mulher, e eu quero que saiba tudo sobre mim. – Ela sorriu – O diário dela… Bom, Rubi me odiava. Ela realmente tinha nojo de mim, sentia raiva o tempo todo por ter que conviver comigo. Dizia que meu toque lhe causava náuseas, uma vez até ânsias. – Dulce ergueu as sobrancelhas – Ela odiava tudo, minha voz, meu cheiro, meu toque, meu castelo, meu reino… Tudo que tivesse relação comigo. Quando engravidou, passou a odiar a criança também, porque era um pedaço meu. Praguejava Bia dia após dia, e após algum tempo passou a dizer que a entregaria a Pablo antes de fugir. Que deixaria que matassem, só por ter lhe “deformado” o corpo.

Dulce: Isso é absurdo. – Disse, chocada. Ela pensou em Bia, agora curada, e nesse momento dormindo, feliz, em seu quarto, no castelo.

Christopher: Em seu leito de morte ela me implorou que salvasse o bebê. – Lembrou – Suplicou. Ela não sabia o que tinha tomado, acho que a gravidez a estava matando. Me implorou varias vezes. – Ele respirou fundo – Eu pensei que fosse por amor! Depois de sua morte, por dias eu não pude olhar para Bia, eu a repugnava. Mas no final ela só queria que eu salvasse o bebê para que Pablo viesse e a matasse. Creio que ele nunca tentou porque eu declarei guerra logo após a morte dela. – Encerrou.

Dulce: Incrível… É mais burra do que eu pensava. – Disse, e Christopher ergueu as sobrancelhas. O modo como Dulce via as coisas era subjetivamente hilário. – Não, é sério. Perdoe se ainda o ofende, mas ela teve o final que mereceu.

Christopher: Não ofende. – Disse, suspirando – É por isso que as vezes eu me paro e te pergunto se você realmente quer estar comigo, se eu não a estaria forçando. No inicio cheguei a pensar que uma mulher não poderia se aproximar de mim por livre vontade, e que tu só estavas comigo, que só se submetia em minha cama porque eu a obrigava. – Dulce esperou por um instante.

Dulce: Está me chamando de burra? – Perguntou, erguendo as sobrancelhas, e ele riu gostosamente.

Christopher: Longe de mim. – Ele beijou o bico que ela fez – Agora você sabe tudo. – Dulce deitou o rosto no peito dele de novo. Passaram-se alguns instantes até ele falar novamente – Já pensou que um dia podemos ter bebês?

Dulce: Penso sempre. – Disse, sorrindo – Bebês turrões como tu. – Brincou, e ele a pegou pela cintura, pondo-a pra baixo, e a encheu de mordidas. Dulce gritou, rindo em seguida pelas cócegas.

Christopher: Não sou turrão. – Dulce fez um “aham” debochado, que fez ele mordê-la mais ainda. Ela gritou novamente, se encolhendo debaixo dele – Você acha… Acha que o que eu fiz antes nos prejudicou? – Perguntou, o rosto sério. Ela sabia do que ele estava falando. Já pensara nisso.

Dulce: Não. Só não chegou o momento certo ainda. – Christopher ergueu a sobrancelha – Christopher, eu conheço aquela erva. Ouvi minha mãe comentando sobre ela várias vezes. Não causa dano. Não chegou o momento ainda – O rosto dele ficou menos tenso – O que significa que nós temos que continuar tentando. – Sussurrou, atrevida. Ele ergueu as sobrancelhas, sorrindo, e viu que ela sorria, travessa, mordendo o lábio.

Christopher: Feiticeira. – Acusou, tomando-a no braço e ela riu, mas não durou muito porque ele a beijou, fazendo-a suspirar, satisfeita.

NEla o acolheu dentre as pernas, as mãos passeando pelas costas (machucadas de unha) dele, enquanto os lábios se consumiam.

E aquilo levaria a noite toda.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora