capítulo 66

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Alfonso: Robert comentou que tu pensas em casar outra vez. – Puxou o assunto, observando Christopher, que o olhou.

A beleza de Alfonso era algo com que nem a própria Anahi conseguira se acostumar. O cabelo, os olhos, a maçã do rosto, os lábios, a cor da pele, o físico, o porte, a voz... Chega,.(autora)

Christopher: Robert ainda morrerá pela língua. – Rosnou, se abraçando.

Alfonso: Desculpe? – Perguntou, franzindo o cenho.

Christopher: Nada, apenas pensei alto. – Se retratou, quieto.

Alfonso: Sei que hoje não é dia para falar sobre isso, respeito seu luto e sua dor. – Continuou – Apenas quero assinalar que tens meu total apoio. Já travas uma guerra pela morte de Rubi, logo tens todo o direito de querer outra esposa. – Concluiu. Christopher assentiu, agradecendo, e Alfonso encerrou o assunto voltando a olhar para Anahí.

Maite: Christian, mandou me chamar? – Perguntou, então sorriu.

Maite era mais baixa que Anahi e Christian, do tamanho de Kristen, pálida, com os cabelos da cor de chocolate, caindo ate o meio das costas, e da mesma cor dos olhos.

Anahi: Alfonso. – virando-se. Seu olhar encontrou ao dele e ela notou que ele já observava.

Sorriu para o marido, que retribuiu.

Alfonso: Tudo bem. – Assentiu e Anahí apanhou a aba do vestido pesado, saindo dali com as outras mulheres.

Alfonso piscou duas vezes, mas Christian já havia ido se sentar.

Robert: O que foi isso? – Perguntou, apontando pro corredor. – Ela chama seu nome e você diz tudo bem?

Alfonso: Ela queria minha permissão para sair. Caminhar no jardim. – Disse, se recostando, tranqüilo.

Robert: Ela só disse seu nome, como pode saber?

Alfonso: Porque eu conheço minha mulher. – Disse, obvio. Christian riu. – Vá até o jardim, se lhe apraz. Ela está lá. Estava pedindo minha permissão.

Christopher: Mas o tempo está frio, vai chover, está nublado. – Disse, ainda distraído. O dia não estava sendo fácil para ele.

Alfonso: Tão melhor. – Se resumiu. Logo outro assunto subiu a mesa, e aquele foi abafado.

Christopher não soube nada sobre Dulce o dia todo. As celebrações e missas pela morte de Rubi levaram toda a tarde, e ele tampouco teve tempo. Toda cidade comparecia, todos os anos. Bia não ia. Dulce também não foi.

Nina: O que significa isso? – Perguntou, entrando na cozinha que cheirava levemente a açúcar e estava coberta de doces. Dulce confeitava um bolo enorme.

Dulce: O que parece ser? - Perguntou, fazendo um confeito bonitinho na lateral do bolo.

Nina: Christopher vai matá-la. – Disse, satisfeita. Dulce revirou os olhos – E eu vou contar. – D slceuspirou.

Dulce: Será que tu não aprendestes ainda que não pode me contrariar? – Perguntou, debochada.

Nina: Isso só porque és amasia dele. – Alfinetou. Dulce parou um instante, mas não se conteve.

Dulce: É, porque eu sou amásia dele. – Confirmou, divertida. As sobrancelhas de Nina se ergueram em surpresa.

Nina: Então tu o confirmas? – Perguntou, e Dulce ergueu o queixo. Todos já sabiam mesmo.

Dulce: Confirmo. – Disse, divertida – Confirmo e tu tens inveja. – Disse, pondo um dedo sujo de confeito na boca.

Nina: Inveja de ti? – Perguntou, mordida.

Dulce: Inveja porque ele escolheu a mim, não a ti. Inveja por ele quase não me deixar trabalhar, por me dar presentes e um quarto enorme e confortável, enquanto tu continuas com o teu de empregada. – Começou, lavando a alma – Inveja porque ele confia tanto em mim que me confiou a filha. Inveja porque ele me deixa fazer tudo o que quero, na hora que quero. – Continuou, então sorriu – Inveja, porque toda noite ele faz coisas comigo... Coisas que nem nos teus melhores sonhos tu podes imaginar. – Disse, descarada, sorrindo – E aqui entre nós, sei que tu já o imaginou.

Nina: Estás louca. – Repudiou, mas estava corada.

Dulce: Ele é melhor. Melhor do que tudo o que fantasiaste. Tão melhor que me custa respirar as vezes. – Dulce estava adorando provocar – E não, ele não se cansa. É a toda hora, em todo lugar, de todos os modos possíveis. – Ela suspirou – Não que seja de tua conta, é claro. Agora saia daqui que tenho muito o que fazer.

Nina: Eu vou estar aqui para rir quando teu conto-de-fadas terminar, Dulce. Eu vou rir de você. – Dulce nem olhou para ela, mexendo um tacho – Que crês? Que ele vai assumi-la, colocar uma coroa em tua cabeça e ter uma mão de filhos? – Ela riu – Pobre de ti.

Dulce: Meu conto de fadas terá um final feliz. – Ela queria acreditar nisso – E sim, tu estarás aqui para vê-lo. Agora saia, já disse.

Nina fuzilou Dulce por instantes, então saiu. Uma vez sozinha Dulce riu de leve, balançando a cabeça, e voltou ao trabalho. Bia esperou. Sozinha, em silencio, horas a fio. Porém, quando Dulce voltou, estava de mãos vazias.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora