capítulo 161

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Dias depois...

Christopher: Tem certeza que não quer que eu vá com você? – Perguntou, desgostoso, atrás dela. Dulce usava um vestido claro, de um branco leitoso.

 O vestido dela era diferente, só haviam duas camadas de pano, uma seda mais grossa e mais solta, que começavam da caída dos seios. Ele veio por trás dela, tocando seus cabelos delicadamente, e prendeu a coroa dela ali.

Dulce: Tenho. São só umas poucas compras. Eu estou bem. – Garantiu, vendo ele ajeitar a coroa. Há muito tempo não a usava. – Ninguém vai me fazer nada. Anahi está comigo.

Christopher: Me preocupo com o bebê. Ei, grandão. – Disse, se ajoelhando em frente a ela, dando-lhe um beijinho na barriga – Seus pés estão bem? – Perguntou, atencioso.

Dulce: Bem melhor. – Tranqüilizou – Não vou me demorar. Não agüento mais ficar aqui sem fazer nada tampouco. Estou ficando aborrecida. – Ele sorriu – Posso levar Bia? – Christopher a encarou – Quero dizer, ela não tem muita experiência fora do castelo, um passeio normal seria bom. – Explicou. Christopher sorriu.

Christopher: Não precisa me pedir permissão. Ela é sua filha agora, também. – Disse, dando-lhe um selinho – Ela vai adorar. – Observou. Christopher assentiu – Eu estive pensando.

Dulce: Sobre...?

Christopher: Sobre o bebê. Eu acho que é um menino. – Ela sorriu, e ele a abraçou de novo, dando-lhe um beijinho na barriga.

Dulce: Porque?

Christopher: Porque ele é maior do que Bia era. – Ela acariciou o cabelo dele, que deu um beijinho em seu braço – Certo, eu não cheguei a ver ela na barriga sem o vestido por cima, mas ele é maior. Então é um menino. – Concluiu.

Dulce: Você quer um menino? – Perguntou, e ele se ajeitou sobre os joelhos, encostando o ouvido na barriga dela. Os dois ficaram em silencio por um instante, como se ele fosse conseguir ouvir o filho.

Christopher: Eu quero esse bebê. Não importa o que ele seja. – Respondeu, quieto, ainda com o ouvido na barriga dela. Houveram batidinhas na porta, avisando que as outras estavam prontas – Me prometa que não vai se esforçar. Não vai se cansar, não vai tomar sol, não vai ficar muito em pé. E que se sentir qualquer coisa, o que quer que seja, mandará me chamarem.

Dulce: Só se você me prometer que não ficará se preocupando com isso. – Ele sorriu, dando outro beijinho na barriga dela – Tenho a impressão de que você dá mais beijos a esse bebê que a mim. Não é justo. – Reclamou. Christopher riu da manha dela. Ele se levantou, se sentando ao lado dela e apanhou seu rosto entre as mãos.

Christopher: Boba. – Ele selou os lábios com os dela – Boba. – Outra vez – Boba, boba, boba. – Mais três selinhos. No final do ultimo selinho ele se demorou, os lábios sentindo os dela, e Dulce suspirou, satisfeita, quando os lábios dele tomaram espaço entre os seus, a língua dele provando a boca dela, indo de encontro a sua, acariciando-a. Ela tocou o rosto dele sutilmente, correspondendo, e logo os dois se beijavam apaixonadamente. Terminou como começou, de modo lento, carinhoso. – Melhor?

Dulce: Consideravelmente. – Respondeu, sorrindo.

Os dois saíram do quarto instantes depois. Ele a apanhou no colo com cuidado antes de descer as escadas. Ele nunca deixava ela descer ou subir sozinha, receava que ela tropeçasse no vestido, ou sentisse uma tontura (o que acontecia com freqüência), então a carregava. Ela não reclamava pela dor nas pernas e na coluna, eram muitos degraus, e os degraus eram altos. Quando chegaram no térreo ele pôs ela no chão com o mesmo cuidado. Os dois caminharam uns instantes, até que se encontraram com os outros.

Dulce: Onde está Kristen? – Perguntou, dando falta.

 Se arrependeu na hora. Maite desfiou um rosário de queixas, sobre dezenas de coisas. Agora o problema era o tamanho das roupinhas. O bebê não parava de crescer, e Kristen, estava querendo mandar refazer tudo, só que em tamanho maior. Christopher franziu o cenho, mas Dulce dispensou com a cabeça.

Robert: Kristen está se aprontando. - Respondeu, entrando no corredor - Sabe, eu acho que devemos chamar um médico. - Disse, cruzando os braços. Todos o olharam. - Não adianta mais negar.

Dulce: Negar o que? - Perguntou, confusa.

Robert: Você está com vermes. - Respondeu, erguendo as sobrancelhas de modo debochado, e Dulce revirou os olhos, abraçando a barriga. 

Maite parecia ter levado uma bolacha.

Christian sorriu da exasperação da esposa, se afastando, mas uma mão pálida, branca, segurou seu braço. Ele ergueu o rosto e viu Anahi, sempre de preto, os diamantes da coroa brilhando sobre os cabelos, e o rosto com uma expressão perturbadora. Era preocupação, frustração, receio. Ela olhava a barriga de Dulce, que tentava acalmar Maite.

Christian: O que há? – Perguntou, em tom baixo, voltando pra perto dela.

Anahi: Há algo de estranho com esse bebê. – Disse, ainda olhando a barriga de Dulce. Christian olhou, inclinando a cabeça pro lado, mas não encontrou o ponto.

Christian: Estranho? – Repetiu, tentando entender.

Anahi: É. – Disse, ainda concentrada – Eu não sei o que é. Algo anormal, diferente. – Ela ergueu os olhos negros para encará-lo. Havia preocupação ali. – Algo errado. – Concluiu.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora