capítulo 70

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Estava pronta. Se olhou no espelho procurando imperfeições aqui e ali, mas não encontrou. Foi até o banheiro, apanhando um vidro delicado de um perfume que Christopher lhe dera, pondo-o levemente no pescoço, no decote e atrás das orelhas. Foi quando ouviu a voz dele.

Christopher: Cariño? – Chamou, fechando a porta. Christopher se portava em um terno de festa, com uma camisa preta por baixo, tudo muito luxuoso.

Dulce: Estou aqui. – Respondeu, apanhando a rosa na bancada do banheiro e saindo.

Christopher demorou quase um minuto admirando a beleza dela. Parecia um anjo, caído a sua frente. Ela sorriu, ansiosa, e os olhos dos dois se encontraram.

Christopher: Em nome de Deus, nosso senhor, se vê tão preciosa que devia ser pecado eu ter que partilhá-la. – Disse, encantado.

Dulce: Não seja tolo. – Disse, ruborizando.

Christopher: Se vê encantadora. – Disse, se aproximando. Ele abriu uma caixinha a frente dela. Dulce recuou.

Dulce: Já é demais. – Recusou. Havia uma gargantilha e um par de brincos na caixinha. Dulce nunca havia visto uma jóia, mas agradava aos olhos.

Christopher: São safiras. Valorizarão teus olhos. – Disse, apanhando a gargantilha.

Dulce: Christopher, não! – Ela se desviou dele, que revirou os olhos – Não vou usar as jóias de Rubi, você não precisa fazer isso, eu estou bem assim.

Christopher: Rubi odiava safiras e tudo mais que fosse azul. Isso não é dela, é seu, comprei-as hoje, para você. – Ele se aproximou de novo – Vai usá-las, é uma ordem. – Ressaltou.

Sem alternativa Dulce permitiu que ele colocasse a gargantilha. O toque frio da prata se fechou sobre o pescoço dela, e logo as duas alfinetadas dos brincos nas orelhas. Os brincos eram só as pedrinhas, mas por ser singelos eram preciosos.

Christopher: Eu deveria trancá-la, para que apenas eu pudesse vê-la. – Dulce o empurrou de leve, o que o fez rir. – Está linda, meu anjo.

Dulce: Pare com isso. – Pediu, ruborizada.

Christopher: Tudo bem. – Ele apanhou a capa que tinha deixado em cima da cama antes de entrar – É minha. – Disse, pondo a capa em cima do ombro dela, amarrando em volta do pescoço –Irá na carruagem comigo. Quando chegarmos lá eu desço e entro. Siga na carruagem, desça nos fundos e me encontre no salão. Deixe a capa na carruagem. – Orientou e ela assentiu, enquanto ele colocava o capuz em sua cabeça. Ele deu um beijinho no nariz dela que sorriu, radiante.

E assim seria.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora