capítulo 121

337 19 0
                                    

Dulce: Eu só pedi uma noite. – Sussurrou, e ele se virou em um rompante. Ela estava lá, toda rasgada, com alguns cortes pelos braços, mas inteira.

Christopher: Ah, meu Deus. Obrigado. – Disse, arfando, e a puxou pro seu colo, abraçando-a com toda a força. Ela caiu no choro. Uma vez em segurança, todo o pânico de tudo o que ela passara caiu sobre seus ombros. Mas ela estava nos braços dele agora. Ele percebeu os soluços do choro dela, e aquiesceu – Nunca mais, Dulce. Nunca mais. – Disse, a voz cortada, embaçada. – Está tudo bem. Já passou.

Dulce ainda chorou por minutos. Estava apavorada. Mas estar nos braços dele a confortava, e aos poucos ela se acalmou.

Dulce: Meu Deus, eu amo você. – Murmurou, se apegando no ombro dele.

Christopher: Me deixe ver você. – Ele a colocou de pé em sua frente, e pegou os braços dela, um de cada vez, observando os cortes. Mas eram apenas talhos, provavelmente de galhos de arvores. Então algo passou na cabeça dele. O estomago dele se revirou, vendo a roupa dela rasgada – Você... Ele te... Ele obrigou você a... Vocês... – Ele não conseguia terminar. Ela tapou a boca dele com um dedo.

Dulce: Você é e sempre vai ser o único homem a tocar em mim. – Christopher sorriu, respirando fundo – É o único em minha alma, Christopher. – Disse, beijando a testa dele. Ele a abraçou pela cintura, amparando a cabeça em sua barriga - Bom, no meu corpo também. – Sussurrou, brincando, e ele riu de leve.

Christopher: Mas sua roupa... – Disse, vendo o estado do vestido dela. O espartilho quase todo estava exposto.

Dulce: Ele tentou. – Admitiu, e Christopher fechou a cara – Mas eu fugi. – Disse, sorrindo. – Me sinto suja pelo toque dele. – Admitiu, e Christopher a apanhou pelas coxas, trazendo-a sentada pro seu colo. Ele puxou o vestido, terminando de rasgá-lo, deixando-a só de roupa debaixo. Dulce o beijou sedentamente, apanhando seu rosto entre as mãos, e ele a aceitou, puxando-a pela cintura. O beijo durou minutos, mas ela o freou – Não. – Murmurou, e ele a encarou.

Christopher: O que há? – Perguntou, confuso.

Dulce: Preciso usar isso antes que seque. – Disse, apanhando o envelope na cama, atrás dele. O rosto de Christopher empedrou.

Christopher: Você conseguiu. – Disse, mortificado.

Dulce: Passou da hora de alguém aqui começar a andar. – Sussurrou, antes de morder o ouvido dele, e se levantou. Mas ele não teve resposta para aquilo. Finalmente.

Christopher observou atentamente cada passo de Dulce. Ela apanhou o primeiro vestido que encontrara e jogou por cima, prendendo os cabelos de qualquer jeito. Ela foi até a escrivaninha dele, apanhando um canivete, e abriu o envelope, despejando as flores brancas na mesa lustrada. Eram de uma beleza sedutora. Dulce cortou as pétalas imediatamente, e se virou para ele.

Dulce: Toque fogo nisso. Em todas elas, e em cada uma. – Pediu, e ele assentiu, pegando o bolo grande de pétalas brancas amassadas nas mãos, caminhando até a lareira. Atiçou o fogo, e jogou as pétalas lá. O perfume que veio foi forte. Ele voltou até Dulce, vendo que ela observava o caule da planta.

Dulce apanhou um vidrinho vazio, de vidro, em uma gaveta qualquer, e colocou o caule da flor na borda da mesa. Com o canivete ela pressionou o caule. Um sumo branco opaco saiu dali, em uma quantidade quase assustadora para uma flor tão pequena, e ela o recolheu até que o frasquinho estivesse cheio. Fez isso com todos os caules, no final 12 frascos estavam cheios.

Christopher: Acha que precisará dos 12? – Perguntou, e podia se ouvir a hesitação dele sobre aquilo, enquanto andava com ela no corredor.

Dulce: Não sei ao certo a quantidade. Vou dar aos poucos, até que ela recupere os movimentos totalmente, então eu paro. Não é uma ciência exata. – Disse, e ele parou na porta do quarto de Bia, respirando fundo – Confie em mim.

Christopher: Eu estou confiando. – Disse mas ainda parecia nervoso – Estou lhe confiando o que tenho de mais precioso. – Ele respirou fundo novamente.

Dulce: Vai ficar tudo bem. – Garantiu, e selou os lábios com os dele, entrando no quarto.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora