capítulo 8

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Christopher se sobressaltou de seus pensamentos quando percebeu que ela adormecera.

Estava aninhada a ele, que a abraçara, o corpo mole, o rosto sem expressões, o cabelo caindo a toda volta. Ele acariciou o rosto dela, lentamente, retirando o cabelo dali. O que fizera com aquela mulher? Roubara sua inocência, sua pureza, em um gesto de puro egoísmo.

Ele não tinha o direito de estar ali.

Se levantou, se desvencilhando dela com cuidado.

Dulce estava tão cansada que nem notou, se aninhou com o cobertor.

Christopher a cobriu direito e se vestiu, observando-a, e saiu dali em seguida. O castelo estava deserto, ele caminhou tranquilamente e despercebido. Passou no quarto de Bia e checou a filha; a menina dormia profundamente. Depois foi pra sua torre.

Chegando lá tirou as roupas, vestindo o que usava para dormir, e se sentou na cama. Olhou pro lado e um porta retrato estava ali, com uma pintura.

O único retrato que havia no quarto.* Ele o apanhou, observando a foto.

Christopher : Rubi, o que estou fazendo, meu amor? – Perguntou, em um murmúrio.

Mas Rubi seguiu do mesmo modo, imortalizada em seu retrato. Christopher pôs o porta retrato no lugar e se deitou, apagando as velas.

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Dulce quase chorou quando o apito sou nos corredores, avisando que era hora dos empregados se levantarem. Estava tão cansada! Ela se esticou na cama vazia, com a sensação de que seus ossos haviam sido substituídos por maria-mole. Foi pro banho e quase dormiu debaixo d’água.

Dulce: Nada que um café forte não resolva. – Comentou consigo própria, após se vestir. Então parou em frente ao espelho e fez uma careta.

Aquilo sim seria um problema. O colo dela tinha marcas claras de boca, sem contar nos seios. Ela puxou mais a aba do vestido pra cima, tapando maior parte das marcas. Mas não havia como tapar o pescoço, que tinha pontos vermelhos e roxos nas laterais.

Ela apanhou o cabelo, solto, e jogou por sobre o pescoço. Ocultava as marcas. Assim apanhou duas mechas grandes de cabelo, uma de cada lado do rosto e prendeu em um mini rabo de cavalo no alto da cabeça.

Mas era só um penteado, o cabelo seguida solto na parte debaixo, não no rabo de cavalo que era parte do uniforme. Como foi a única idéia que ela teve, saiu assim mesmo, bocejando.

Nelly: Bom dia, menina. – Dulce assentiu, se sentando – Não está bem?

Dulce: Sono demais. – Disse, respirando fundo.

Nelly: Vou te fazer um café forte. – Disse, solidária. Nelly era a nova cozinheira.

Uma pessoa de idade avançada, e completamente adorável. Fizera amizade com Dulce logo a inicio.

Nelly serviu o café e Dulce o bebeu de bom grado, sentindo a cafeína obrigando seu corpo a despertar. É, café sempre ajudava.

Dulce: Obrigada. – Disse, pondo a xícara vazia na mesa. Mas…

Nina: O que significa isto? – Perguntou, incrédula.

Dulce: Bom dia, Srta. Dobrev. – Respondeu, se levantando.

Nina: Bom dia? – Disse, debochada – Onde crê que está, Dulce? Em uma festa, um baile?

Dulce: Não, senhora. – Disse, respirando fundo. Estava tão cansada!

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora