Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)

capítulo 158

Dulce: Querido, não diga tolices. – A criada terminou de laçar o espartilho, indo apanhar o vestido. Anahi ainda ria.

Anahi: Christopher, com todo respeito, meus parabéns e tudo mais, mas volte para sala. Já vamos descer. – Disse, empurrando Christopher pra fora. Este encarou Dulce, que assentiu. Anahi fechou a porta – Quem ve pensa que é pai de primeira viagem.

Dulce: Eu acredito que Rubi não deixou Christopher viver a gravidez dela. – Disse, passando as pernas pra dentro do vestido – Sempre o reprimindo, afastando, como se a gestação fosse uma doença, uma vergonha. – A criada subiu o vestido por ela, que o passou pelos braços.

Anahi: Porque diz isso? Você a conheceu? – Dulce ergueu as sobrancelhas, olhando o chão, enquanto a criada puxava os cordões do vestido.

Dulce: Não. Intuição. – Mentiu – De qualquer forma, dessa vez ele vai acompanhar todos os passos. Ele merece isso.

Criada: Pronto, senhora. – Disse, pondo as sapatilhas de Dulce em frente aos seus pés. Dulce assentiu, liberando-a.

Dulce: Christopher já sofreu muito. Mais do que justo, mais do que necessário. – Disse, apanhando a escova na penteadeira, se pondo a escovar os cachos.

Anahi: Imagino. Tudo com Rubi, e depois Bia sem poder andar... Perdoe, mas até mesmo quando pensou que teria que matá-la. – Dulce assentiu.

Dulce: Não posso dizer como sei, Anahi, mas Rubi foi uma mulher desprezível. Tanto mulher quanto esposa. Christopher não merecia. – Disse, e Anahi assentiu – Acredite, não é despeito. Então Pablo. Argh. – Disse, largando a escova. Pensar no sofrimento de Christopher não era agradável – As vezes tenho vontade de matá-lo eu mesma. – Disse, quieta.

Anahi: Acredite, eu teria o feito há meses... Se Alfonso não fosse torcer meu pescoço caso eu o desobedeça de novo. – Disse, com uma careta, Dulce riu – Mas se um dia eu me bater com ele... Por acidente, em um lugar que não seja uma festa... Bom, você terá pelo que me agradecer. – Disse, dando de ombros. Dulce sorriu.

Então vieram vozes do outro lado da porta, cada vez mais altas. Pareciam brigar, ou pelo menos conversar, discutir algo. Dulce e Anahi olharam a porta.

Maite: Se fizermos um enxoval todo azul e for uma menina você vai encontrar um problema em mim, Kristen. – Disse, a voz surpreendentemente ameaçadora. Anahi ergueu as sobrancelhas, divertida. – Porque azul?

Kristen: Porque eu quero. – Disse, absoluta.

Maite: E se for uma menina?!

Kristen: Então jogamos tudo fora. – Disse, simples.

Maite: E o bebê fica sem roupa. – Disse, debochada.

Kristen: Fazemos dois Maite, pronto. – Maite pareceu pensar.

Maite: Três. – Houve uma pausa – Um rosa, um azul, e um misto. Com branco, amarelo, e outras cores.

Anahi: Vamos, antes que elas resolvam fazer um quarto enxoval. – Dulce assentiu, e as duas saíram para a comemoração, rebocando Maite e Kristen no corredor.

No final Dulce se envolveria no enxoval. Anahi ajudaria mais nos modelos que nas cores, mas ajudaria. E enquanto continuasse assim, tudo ficaria bem.

As horas se passaram, os dias se converteram semanas, e as semanas em meses. Christopher quis lançar uma ofensiva no dia em que soube que Dulce estava grávida, acabar logo com isso... Mas Christian o informou que durante a gestação da rainha, todo o reino deve se apaziguar. Ou seja, não podiam atacar ainda. Apenas planejar. O bebê de Dulce teria mais roupas que qualquer outro bebê jamais fosse ter. Três enxovais caprichados, luxuosos, finos. 

Christopher acompanhava cada pedaço da gravidez dela, fascinado, encantado. A barriga de Dulce crescia em uma velocidade impressionante. Rubi nunca permitiu que ele visse a barriga dela descoberta, mas Dulce deixava, e ele gostava. Estava feliz, tão feliz quanto nunca pensara ser.