capítulo 152

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Os dias que se seguiram foram os mais felizes já vistos ali. Na verdade, ninguém via ninguém; ninguém saía de seus quartos, nem pra comer. Os empregados se revezavam para servir os quartos de café da manhã, almoço e janta, perfeitamente. O reino todo estava feliz. A guerra parara, havia uma nova rainha, estava tudo perfeito.

No dia seguinte a noite de núpcias, Christopher acordou Dulce aos beijos, com uma bandeja linda de café na cama. Não era necessário dizer que os dois nem saíram da cama. 

Bia não entendia porque todo mundo havia sumido, mas toda vez que perguntava a Mary (sua nova melhor amiga), o assunto era despistado, até que ela deixou pra lá. Os dias se passavam com uma tranqüilidade gostosa, e ninguém se ousava a passar pelos corredores durante a noite. Podia ser perturbador.


Dulce e Christopher estavam no seu quarto. Haviam terminado de tomar café da manhã. Ele estava deitado, de barriga pra cima, e ela amparada em um braço. Ela tinha um morango na mão livre. Ele observou ela morder a fruta, e em seguida oferecer a ele. Porém quando ele foi morder ela esquivou a mão, brincando. 

Ele tentou mais duas vezes, e ela sorria, divertida, mastigando o que tinha na boca. Ele parou um instante, observando-a, e partiu pra cima dela, que arregalou os olhos castanhos, dando um gritinho antes de ser jogada nos travesseiros. Ele roubou o morango da mão dela, de propósito mordendo-lhe os dedos, e em seguida enchendo o rosto dela, que ria gostosamente, de beijos mordidos.


Era madrugada. Anahi ria. Ela usava uma camisola de seda, longa, negra, e conversava com o marido. Ele de pé, o peito nu, só de calça, sorrindo. Então ela rolou na cama, ficando atravessada, com um sorriso ultrabranco no rosto, os cabelos caídos na cama ao seu lado, e disse algo que o fez erguer as sobrancelhas, gargalhando em seguida. Ele se aproximou da cama e ela ainda ria quando ele a puxou pelo braço, trazendo-a pra si.

 Ele mordeu a curva do pescoço dela, fazendo-a se encolher, rindo, e beijou-a em seguida. Ela, ajoelhada, apanhou o cós da calça dele, sem interromper o beijo e o puxou, trazendo-o para a cama. Quando Alfonso se permitiu cair deitado ela passou pra cima dele, dando continuidade ao beijo apaixonado. As mãos dele subiram pelas costas dela, por cima da camisola, de modo carinhoso, apertado.

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As unhas de Kristen desceram pelas costas de Robert de modo demorado, deixando um rastro vermelho escuro na pele branca. Os dois estavam na cama, embolados nos lençóis, e era a terceira vez que transavam aquele dia. Ela não se lembrava de ter tido tanto tempo junto com ele, sem ser interrompidos, desde a lua de mel, e ela estava adorando tudo isso! Ele mordeu a maxilar dela, em seguida os lábios, puxando-os pra si, antes de se afundar em um beijo agressivo, demorado.

Christian saíra do banho, enrolado em uma toalha, o peito branco molhado, e os cabelos espetados em várias direções. Maite teve um acesso de riso olhando o marido, que passou a mão no cabelo, por costume. Piorou tudo. Ela já estava vermelha de rir, encostada na cama, quando ele partiu pra cima dela, que deu um gritinho, saindo correndo. Não durou quase nada, quatro passos depois ele havia alcançado ela, apanhando-a pela barriga e erguendo-a do chão. 

Os dois caíram na cama, e ela rolou pra cima dele, passando a mão em seu cabelo. Ele observou, sorrindo. Ela afofou o cabelo dele até ficar lambido, caindo no riso de novo. Ele sacudiu a cabeça pros lados, pingando água, e puxou o rosto dela pra si, enchendo-o de mordidas. Ela gritou, rindo, e o afastou, caindo de lado na cama. Ele se deitou de costas, os olhos dourados fixados nela, que engatinhou até ele, dando-lhe um beijinho. Christian manteve o semblante sério. Ela o beijou de novo, e outra vez, então ele riu, puxando-a pra cima de si, beijando-a direito em seguida. Dessa vez não houve objeção.


Chovia forte lá fora. Era madrugada.Christopher acordara com sede e com frio. Após vestir uma calça, bebeu um copo de água, e colocou mais lenha na lareira. Não ficou bom ainda, então ele acendeu as velas dos castiçais da parede e da mesa de cabeceira. Por fim o clima ficou gostoso novamente. Ele tomou outro copo d'agua, e se virou pra cama, olhando Dulce estava descoberta até a cintura, encolhida de frio, agarrada ao travesseiro dele. Dormia profundamente, os cabelos caídos em seu travesseiro.

 Haviam marcas por toda a sua pele, marcas de mordida, de mão, de chupão, nas costas todas, na nuca. Ele sorriu se lembrando da disposição pra ele sempre que ele a buscava, do sorriso que se transmitia nos olhos, o som do riso feliz, os carinhos que lhe fazia para acordá-lo. Ele tocou a aliança nova em seu dedo, a dela, e sorriu de canto. Toda vez que olhava pra ela, que ela o abraçava, ele tinha certeza de que todo o sofrimento que passara havia valido a pena, porque o tinha levado até ela. Ele voltou pra cama, cobrindo-a até os ombros, e assim que se deitou ela o abraçou, se aconchegando nele, respirando fundo. Ele passou pra debaixo da coberta e a abraçou pelo ombro, lhe beijando a testa. Ela suspirou, abraçando-o, mas não acordou.


Um mês se passou desde o casamento.

Amanhecia. O frio era cortante. O reino dormia, quando aconteceu. Um barulho de algo grande cortando o ar, então um estrondo que parecia ter feito o chão tremer. Alfonso dormia com Anahi em cima do seu peito. Quando o barulho veio ele apenas abriu os olhos, mirando o teto. Christian puxou Maite pelo braço, afastando-a da janela, o cenho se franzindo. Christopher apertou Dulce nos braços, antes de se sentar, em alerta. Robert, que estava aos carinhos com Kristen, ela de costas pra ele que dava beijinhos leves em seu ombro, parou com o que fazia, os olhos claros prontamente aguçados.

Era uma vez a paz.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora