capítulo 173

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O sino tocou novamente...

Apenas uma vez. O reino saiu de suas preces para uma comemoração furiosa. Duas lágrimas grossas caíram dos olhos de Christopher, que tinha a cabeça baixa, indo direto pro chão, enquanto ele suspirava. Os outros haviam se levantado, comemorando, mas ele não tinha reação. Amanhecera tendo uma filha... Agora tinha três. Era uma menina, sua princesinha. Ele foi interrompido de seus devaneios por Robert, que o agarrou a força pela roupa, dando-lhe um caloroso abraço de parabéns, então ele estava rindo.

Na torre...

O trabalho de parto terminara, enfim. Dulce fora levada pro banho pela mãe, junto com uma parteira, os médicos trabalhavam nos bebês, e criados trocavam os jogos de cama. Haviam colocado várias toalhas e lençóis debaixo dos quadris de Dulce, mas sua hemorragia fora tanta que o sangue por pouco não alcançou o colchão. Por fim estava tudo limpo, e ela foi trazida de volta pra cama. Suspirou, cansada, deixando o corpo se relaxar sob os lençóis frios. Foi quando Christopher chegou.

Christopher: Ei. – Disse, preocupado, indo até a cama. Ela sorriu de canto pra ele. Estava pálida, os olhos quebrados, os lábios brancos, mas tentou retribuir o sorriso.

Dulce: Você já os viu? – Perguntou, rouca. Christopher se sentou ao lado dela, passando um braço por seu ombro.

Christopher: Não. Os médicos ainda não os deixaram. – Ele beijou a testa dela demoradamente – O que houve?

Dulce: Eu não sei. Nada em especial, eu só estava aqui, como você me deixou, e aconteceu. – Disse, dando de ombros – Por um instante pensei que não ia conseguir. – Murmurou.

Christopher: Não diga tolices. – Repreendeu. Ela sorriu de canto. As parteiras haviam ido embora, levadas por Maria, e os médicos não estavam ali.

Dulce: Devemos muito a Anahi. Mais do que poderemos pagar um dia. – Ele passou a mão no cabelo dela, ninando-a.

Christopher: Como se sente? – Perguntou, a voz ecoando preocupação.

Dulce: Fraca. Cansada. Sinto como se fosse desmaiar e dormir por dias... Mas não vou dormir. Quero vê-los. – O sorriso fraco apareceu de novo – Sinto sede. Minha garganta parece uma lixa. – Se queixou.

Christopher se levantou imediatamente, metendo a cabeça no corredor e dando um grito, pedindo por água fresca. dulce ia rir, mas tossiu. Logo uma criada apareceu com uma bandeja com uma grande jarra de água e copos. Ele a serviu. Foi difícil a inicio, a garganta dela ardia, mas tamanha era a sede que ela engoliu sem pestanejar. Tomou três copos até se declarar satisfeita. Ele dispensou a bandeja e voltou a posição inicial.

Dulce: A menina é mais nova. – Comentou, e ele sorriu – E menorzinha. – Disse, se lembrando brevemente.

Christopher: Grandão. – Lembrou, e ela sorriu. – Durma. Poderá vê-los quando acordar. – Disse, atencioso. Ela negou veemente.

Dulce: Não. Preciso segurá-los. – Ele não insistiu.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora