capítulo 33

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Christopher: Enlouqueceu? – Perguntou, agora prontamente já irritado.

Dulce: Louca? – Perguntou, quieta – Pois que seja. Porém, louca ou não, tu não tocas mais em mim. Saia, Christopher. Minha resposta é não. – Ela apontou a porta aberta, em um sinal claro de que o colocava pra fora. Ela ofegava de raiva.

Christopher: Está mesmo me pondo pra fora? – Perguntou, com um brilho estranho nos olhos.

Dulce: O que parece? – Desafiou, subitamente raivosa.

Christopher: Como se atreve? Quem pensa que é? – Ele se aproximou a passadas largas e bateu a porta com força, a madeira tremendo – Pois eu vou lhe mostrar.

Ele a apanhou pelo braço com força, trazendo-a pra si, e a luta corporal começou. Christopher era violentamente mais forte que ela, mas ela estava possessa.

Ele levou umas duas bolachas antes de conseguir deter a mão dela. Sua outra mão buscou o cabelo dela, ansiando puxá-lo, mas já quase não existia.

Quando conseguiu agarrá-lo seus dedos quase tocaram a raiz dos fios. Ele puxou-lhe os cabelos com uma mão, enquanto prendia os braços com a outra, e ergueu o rosto dela.

Os dois se encararam raivosamente por um instante, e ela ainda se debatia. Quando ele avançou ela desviou o rosto. Ele soltou a mão dela e puxou-lhe pelo queixo com força.

Christopher: Eu mando em você. Tu és minha propriedade. Nunca esqueça isso, não se equivoque. – Disse, em um rosnado.

E ele a beijou, a força, provando cada uma das palavras ditas. A boca de Dulce recebeu, saudosa, o beijo dele. Mas a Dulce em si não o queria. Foi por isso que os dentes dela se cravaram com toda a força nos lábios dele, que grunhiu, recuando.

Dulce: SAIA! – Disse, exaltada. Christopher tocou a boca, e olhou o dedo ensangüentado. – Não sou tua propriedade, acredite quando eu digo isso. – E ela quase jogou seu segredo na cara dele.

Christopher: Sim, tu és. Assim como tudo aqui, tu és. – Limite não foi algo ensinado a Christopher, lamentavelmente. Desde criança, quando ele queria uma coisa ele a tinha.

E ele avançou novamente. A luta corporal começou de novo. Se ele não estivesse de camisa, levaria as marcas das unhas dela. Só que nessa ela perdeu o roupão. Ele se afastou novamente, com o roupão dela em uma das mãos, sorrindo.

Christopher: Melhor assim. – Comentou, largando o roupão no chão.

Dulce: Se não sai tu, saio eu. – Disse, e se virou. Tinha posto metade do corpo pra fora do quarto quando a mão dele a puxou novamente, e a porta se bateu com um novo baque.

Dessa vez não houve como lutar, ela cambaleou direto pros braços dele, que a beijou, sufocando-a. As mãos dela estavam presas, ela só podia se debater.

O gosto do sangue dele foi pra boca dela, mas antes que ela pudesse tentar machucá-lo novamente, foi arremessada contra a cama.

Abriu os olhos e viu ele a sua frente. Christopher apanhou os pés dela, puxando-a pra si, abrindo suas pernas e se pondo dentre elas.

Dessa vez conseguiu deter as mãos dela rapidamente. Ele fez questão de deixar todo seu peso cair sobre ela enquanto buscava seus lábios outra vez, mas dessa vez só um selinho.

Christopher: Isso foi só uma prova de que tu és sim, minha propriedade. Se eu quisesse possuí-la agora, assim seria, e você se curvaria a minha vontade. – Disse, e ela rosnou, raivosa – Mas a força não, cariño. Eu quero minha Dulce de volta, não só possuir teu corpo, por mais que ele me atraia. – E, pra incredulidade dela, ele soltou suas mãos, se levantando. – Eu errei, mas quero minha mulher de volta. A força não.

Dulce: Saia daqui. – Murmurou, recuando na cama.

Christopher: Vou sair. – Disse, colocando o hobbie dela perto dela, na cama – Mas saiba que eu vou estar esperando. Esperando que me perdoe, e que volte pra mim. Não importa quanto tempo demore, assim que voltar a ser minha Dulce, assim que me perdoar, volte pra mim. Eu vou esperar por você. – Disse, se afastando.

E ele saiu antes que ela pudesse responder qualquer coisa. Na verdade, não havia nada mais a ser dito.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora