capítulo 48

349 33 1
                                    

Dulce parou na cozinha vazia e se amparou na mesa, ofegando, tremula. Como Anahi fora saber disso? Ter a verdade tão perto de Christopher a desestabilizou, ela estava branca, fria, tremia.

Christopher: Dulce? – Que diabo, ele viera atrás?! Dulce respirou fundo, se recompondo. Ele apareceu no portal da cozinha – Passa algo? – Dulce negou com a cabeça, com medo da voz traí-la – Porque saiu daquele modo?

Dulce: Por nada. Eu só pensei que estava sendo inútil ali, eu não faço parte disso. – Disse, se resumindo. Pro pânico dela ele se aproximou, puxando-a pro seu abraço.

Christopher: Não diga tolices, tu nunca és inútil. – Disse, beijando-lhe a testa – Está fria. – Disse, estranhando.

Dulce: Não é nada, só uma tontura. – Mentiu. Então a voz de Robert veio do corredor.

Robert: Christopher! – Chamou, a voz forte, fazendo Dulce estremecer.

Dulce: Eu vou pro meu quarto só um instante, sim? – Pediu, e ele pensou que era porque ela realmente não estava se sentindo bem.

Christopher: A encontro em um minuto, só o tempo de mandar Robert ir pro inferno. – Prometeu, e ela sorriu.

Ele selou os lábios dela e saiu, ainda mancando um pouco, ao encontro de Robert. Dulce, longe dele, deixou o rosto cair de novo.

Não suportaria. Não suportaria que ele descobrisse, que ele a deixasse. Ela preferia morrer do que sobreviver perante o desamor dele. Ela encararia a morte com um sorriso no rosto. Deus, me ajude…

 

Christopher foi ao encontro de Dulce pouco tempo depois. Ela havia tomado banho, tentando esfriar os ânimos, e estava com a roupa debaixo. Ele entrou no quarto, fechando a porta.

Christopher: Está melhor? – Perguntou, preocupado.

Dulce: Passou, foi só uma vertigem. – Disse, abraçando-o e afundando o rosto em seu ombro. Ele a abraçou, meio que ninando-a.

Christopher: Anjo, se importa de voltar ao quarto que eu lhe dei? – Perguntou, beijando o cabelo dela – Esse é pequeno demais, úmido demais… Você merece algo melhor.

Dulce: Não, não me importo. – Ela não se importava com nada agora.

Christopher: Vamos sair daqui, então. – Disse, apanhando o roupão dela. Dulce ia protestar, mas ele a calou com o olhar.

Os dois saíram dali de mãos dadas. Christopher a levou pelos corredores, e com um toque do acaso ninguém os viu. Ele retirou a chave do quarto do bolso, abrindo a porta, e entrou com ela. A cama de casal, confortável, estava forrada com lençóis limpos, ele mandara limpar e organizar tudo.

Christopher: Tua chave. – Disse, pondo a chave em cima da cômoda. – Se deite um pouco, vai ajudar. – Disse, abraçando-a por trás e dando-lhe um beijinho no ombro.

Dulce: Eu sei de algo que vai me ajudar. – Disse, se virando pra ele, abraçando-o – Faça amor comigo, Chritopher. – Pediu, beijando-lhe o rosto.

Christopher: O que? – Perguntou, meio confuso.

Ela não estava doente?

Dulce: Quero que faça amor comigo. – Repetiu, e ele trouxe o rosto dela pra si, encarando-a.

Christopher: Não posso fazer isso, está doente, vai piorar. – Disse, acariciando o rosto dela.

Dulce: Ao acaso tu me ouvistes quando eu disse o mesmo, na tua torre? – Perguntou, contra-atacando, e ele riu.

Christopher: Era diferente. – Impôs.

Dulce: É claro que era. – Ela o beijou. Dentre os muitos dons de Christopher, rejeitá-la não se incluía.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora