capítulo 175

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Christian: Agora. – Disse, fechando a garrafinha. 

Fora a mesma que ele dera a ela no dia do casamento de CyD. Ela segurava um lenço em volta do pulso. Assim que fechou a garrafa, ele imitou o ato, mas não envolveu o pulso, só o limpou. O corte fundo já havia cicatrizado. Os dois concordaram que a mistura seria mais eficiente, mais forte que apenas um dos dois – Sabe o que fazer. Metade pra cada um, a menina primeiro. Seja rápida.

Anahi: Tire-o de lá. – Disse, apanhando a garrafa e escondendo-a no decote.

Christopher ninava Dulce. Um berço havia sido instalado no quarto, precocemente. Era de madeira. Bem simples, um quadrado acolchoado, onde os dois bebês estavam agora. O berço deles, o berço real, traçado em ouro, voltara para ser refeito. Ele acariciava os cabelos dela, terno, quando houveram batidinhas na porta. Christian entrou, um sorriso no rosto.

Christian: Estão todos lá embaixo, comemorando. Venha. – Sussurrou, chamando.

Christopher: Não vou deixá-la sozinha. – Respondeu, em tom baixo, apontando pra Dulce.

Christian: Ela nem vai notar. Não acordará tão cedo. Vamos! – Era desespero na voz de Christian? Christopher balançou a cabeça. Estava vendo coisas. Ele sorriu, tirando o braço do ombro de Dulce, que ficou, inalterada, a bela adormecida em forma humana.

Christopher: Eu já volto. – Sussurrou, beijando a testa dela – Só um copo. – Impôs, e Christian assentiu.

Assim que Christopher saiu, Anahi estava no quarto. Caminhou até Dulce cautelosamente, os olhos sondando, e ergueu a sobrancelha. Dulce continuou dormindo. Ela se voltou pro berço. Franziu o cenho. Sua experiência com bebês era inexistente. Ela apanhou o bebê de rosa sutilmente nos braços, a menina nem notou. De perto sua fraqueza dava dó. Anahi apanhou a garrafinha, dispensando a tampa. Levou até os lábios da menina, incerta. Pro seu desespero, a menina franziu o cenho, caindo no choro. Ela arregalou os olhos, e com um sopro do vento, estava fora do quarto, no corredor.

Anahi: Shhh, shhh, neném bonitinho, shhh! – Disse, tensa. A menina já estava fraca, chorar só ia acelerar o processo – Shhh, mentira, sh... – A bebê parou quando a garrafa pairou perto de seu rosto – É isso? – Perguntou, incrédula. Levou a garrafa com mais cuidado até a boca da menina, que aceitou, começando a beber com a força que tinha – Fome. – Suspirou – Podia ser mais óbvio, Anahi? – Perguntou, debochada. A verdade é que o "suprimento" dos médicos não era nada agradável, não matava a fome, e Dulce não teve condições de amamentar. O bebê tinha fome. – Isso. Beba. – Disse, satisfeita.

Como se tivesse sido ordenada, a menina se encheu na metade da garrafa. O coração dela agora já batia, não só aquele tamborilar fraco. Anahih tampou a garrafa, guardando-a no decote. A bebê lambeu os lábios, os olhinhos fechados, e Anahi achou graça. Levou um pequeno lenço aos lábios dela, limpando a mancha vermelha que ficara. Voltou ao quarto, deixando-a no berço, e apanhou o menino. Foi mais fácil. No fim a garrafa estava vazia, e os bebês na cama. Ela saiu, pressentindo a volta de Christopher. Christian a alcançou em um corredor, longe da torre.

Christian: O que foi aquilo? – Rosnou.

Anahi: A menina se assustou com o frio do metal nos lábios. Nada demais. – Disse, entregando a garrafinha a ele.

Christian: Tem noção do que foi convencer Christopher de que não tinha ouvido o choro? – Perguntou, exasperado.

Anahi: Da próxima vez levarei uma mamadeira. – Debochou – Christian, eu fiz. Eles beberam. Não vão morrer, e o sangue estará fora do organismo dele antes que o sol morra amanhã. Eles crescerão, serão lindas criancinhas saudáveis, humanos, vivos e fortes. Agora eu vou dormir. – Disse, um sorriso ameaçador aparecendo no rosto. Christian riu. Anahi deu as costas, sumindo pelo corredor.

Christopher velou o sono de Dulce até que o dia raiou. Terminou adormecendo, a cabeça próxima a dela. Despertou sobressaltado, mas Dulce acariciava-lhe o rosto.

Christopher: Perdoe. – Disse, rouco. Ela sorriu.

Dulce: Dormiu de sapatos. Quantas vezes vou ter que ralhar? – Perguntou, carinhosa.

Christopher: Me distrai. Eu a acordei? – Dulce negou, e ele lhe beijou a testa. Um chorinho fraco os alcançou, e ambos olharam – Parece que acordei alguém. – Disse, sorrindo. Christopher se levantou, apanhando os filhos no braço. Os dois acomodaram os filhos na cama, entre os dois, observando. – Melisa. – Disse, tocando o rosto da menina, que se acalmara.

Dulce: Melisa Saviñón. – Corrigiu, e ele sorriu. – Melisa e Arthur. – Completou.

Christopherl: Melisa Saviñón e Arthur Uckermann. – Corrigiu, fazendo-a rir. Melisa se balançou, o a mãozinha fechada em punho esfregando o olho – Acho que ela tem fome. – Observou.

Dulce tomou impulso pra se sentar, e Christopher a ajudou. Ele a entregou Melisa, que se pôs a mamar assim que a mãe lhe ofereceu o seio. Dulce fez uma careta, sorrindo. A sensação era estranha, mas gostosa. Era bom sentir aquele vinculo formado. Era mãe. Christopher apanhou Arthur, e o menino, pouco incomodado com a situação, se aconchegou ao calor do pai. Nada poderia estragar aquele momento.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora