capítulo 116

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Dulce: Na verdade, não. – Disse, completamente sem jeito.

Maria: Quem te fez isso? – Perguntou, ainda confusa, meio indignada.

Dulce: O C… O rei Christopher, mamãe. – Disse, passando a mão no cabelo. Não fazia sentido algum esconder.

Maria: Oh, meu anjo. – Ela estava penalizada – Ele forçou você? – Perguntou, acariciando o rosto de Dulce.

Dulce: Ahn… Não. – Disse, e estava vermelha. A mãe dela a olhou, esperando – Eu estou apaixonada, mamãe. – Admitiu.

Maria: Pelo rei? – Perguntou, lentamente.

Dulce: Ele me ama. Juro que ama. Ele que me deu esse vestido. – Disse, apontando pro vestido – Ele me dá tudo o que eu quero. Ultimamente tenho dormido no quarto dele. – A mãe de Dulce estava branca, cor de papel. – Ele me deu isso, veja. – Ela puxou o escapulário de dentro do decote mostrando a mãe. A insígnia real estava cravada no ouro.

Maria: Dulce, você enlouqueceu?! Quando ele descobrir a verdade…

Dulce: Ele sabe. – Interrompeu. A mãe dela ergueu as sobrancelhas – Ele me pediu em casamento, mãe. – Disse, sorrindo – Então eu contei a verdade. – Maria parecia ter engolido a voz – Ele não aceitou a inicio… – A voz dela abaixou, se lembrando dos dias na masmorra, da dor e da certeza da morte iminente – Mas agora ele sabe.

Maria: Se ele a amasse não deixaria que você tivesse vindo até aqui! – Disse, preocupada. Dulce sorriu.

Dulce: Ele não deixou. Eu fugi. – Explicou. – Preciso de algo. Algo que está no castelo de Pablo, tenho que ir até lá buscar. – Ela respirou fundo – Ele me prometeu que dentro em breve virá levá-la daqui. Para ficar comigo. – Contou, e Maria sorriu da felicidade da filha – Eu o amo tanto, mãe. – Disse, abaixando a cabeça.

Maria: O que quer que você tenha para fazer no castelo de Pablo não vale a pena. – Alertou – A esta altura ele já sabe que tu estas aqui. Fuja, Dulce.

Dulce: A filha de Christopher sobreviveu, mamãe. – Contou, e Maria perdeu as palavras – Ao contrario do que acreditamos, está viva. Eu preciso de uma muda fresca da flor, para curá-la. É uma menina encantadora. Eu só volto quando tiver o que vim buscar. – Ela respirou fundo – Preciso ir, mamãe. – Disse, grunhindo consigo mesma, ao se levantar.

Maria: Dulce, por favor, não vá até lá. – Intercedeu, os olhos castanhos tingidos de preocupação.

Dulce: Voltarei em breve para buscá-la. Se cuide, fique bem, até que eu volte. – Disse, abraçando a mãe novamente – Eu amo você, mamãe. – Murmurou.

Maria: Eu também, meu anjo. Eu também. – Disse, acariciando os cabelos da filha.

Após a despedida Dulce saiu. Subir no cavalo foi outra tormenta. Da primeira vez ela fez as pressas, só se lembrou da dor quando ela veio, mas agora não. Por fim montou, e seguiu seu caminho. Várias pessoas na rua apontavam para ela, cochichavam, mas ela já tinha seu destino certo.

Apenas Mais Uma De Amor (Adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora