#Lumus
A Ala Hospitalar estaria silenciosa se não fossem o ranger de dentes dos pacientes que ali se encontravam.
— Se não fosse tão arrogante e me explicasse direito...
— Se você não fosse tão burra para estragar tudo...
— Se fosse um pouco mais paciente e dedicado para me ensinar em vez de ficar anotando coisas naquele seu caderno ridículo...
— Se não confundisse os hermeróbios com as raízes de...
— Se, em vez de me criticasse, me desse algum crédito por estar me esforçando...
— Se merecesse algum crédito...
— Se parasse de me culpar por tudo...
— Se não fosse a culpada de tudo...
— Se... — é interrompida pela chegada da Madame Pomfrey.
Ela os avalia com censura.
— Será que não iriam parar de brigar nunca?
Os dois lançam um olhar furioso e com um "Não" bem explícito na mensagem. Ela bufa e começa a fazer os devidos cuidados nos pacientes.
— O que há com você? — indaga olhando para a Greengrass.
Ela desvia o olhar da bruxa.
— Nada demais — responde. — Ele se machucou mais, então deve ser atendido primeiro.
Draco, que até então olhava distraidamente pela janela, volta seu olhar com a expressão perplexa voltada á garota.
— Está bem — Madame Pomfrey caminha até a cama onde estava o garoto Malfoy. — Onde está machucado? — pergunta.
— Nas costas.
Afrouxa a gravata verde e prata e faz menção de tirar a camisa, mas se interrompe e olha para a outra paciente com um sorriso malicioso nos lábios.
— Acho que vai querer ver isso, Greengrass — diz maléficamente.
— Nem em seus melhores sonhos, Malfoy — diz pegando um livro e o folheando sem pressa nenhuma.
Draco desabotoa sua camisa social branca, bordada com o brasão da Sonserina. Revela seu dorso branco e liso, formado de músculos, não muitos, mas o suficiente para ter porte físico aceitável e saudável.
Se vira, ficando de costas.
— Humm — a bruxa franze o cenho, olhando para os estilhaços do metal do caldeirão na pele branca como leite manchada de sangue. — Vou precisar tirar estes pedaços de caldeirão, mas antes terei que fazer uma poção para a dor para você, sr. Malfoy — caminha até a saída, mas antes se vira para a garota que folheava o livro. — E srta. Greengrass — fala á ela, que ergue os olhos para a enfermeira —, estanque esse sangue.
Ela, olha para a própria mão e assente.
A bruxa sai da enfermaria e a garota ignora a ordem, voltando às palavras que lia até ser interrompida novamente com gritos altos.
— Asty! Asty! — a menina loira e aflita corre ao encontro dela, a abraçando fortemente.
Draco pôde ver a careta de desgosto que ela fez.
— Está me esmagando, Alexis — reclama mal-humorada.
A amiga a solta.
— Desculpe — pede. — Mas eu fiquei tão preocupada que queria correr para alcançá-la, mas Thomas — olha de relance para o garoto que a acompanhava — não deixou dizendo que o professor Slughorn estava enfurecido demais por conta da sala dele estar quase totalmente destruída... — ela faz uma pausa e continua: — Por um momento eu pensei... — os olhos verdes claros molham e ela funga. O garoto, para consolá-lá, põe suas mãos sobre os seus pequenos ombros que insistiam em tremer. — Pensei que tinha se machucado gravemente... — levanta a mão para enxugar as lágrimas que escorrem por suas rosadas bochechas.
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Garota Má - Drastória
FanfictionDraco Malfoy volta a Hogwarts depois da guerra bruxa contra Lord Voldemort, de quem sua família tomou partido e depois se viraram contra. Olhares de todos os alunos recaem sobre ele, um ex-Comensal da Morte arrependido. Sua vida não é mais a mesma...