Garota Má - Drastória

Capítulo Vinte e Nove

#Lumus

Os dois haviam chegado atrasados no Expresso, por isso a plataforma 9¾ já estavam vazias. Eles entram no trem e Astória o guia pelo extenso corredor enquanto poucos alunos curiosos os viam passando com as mãos dadas. A Greengrass nem parecia ligar para isso.

Ela para no último vagão onde todas as cabines estavam ocupadas.

Sem utilizar a varinha, fala apontando para um canto vazio:

— Finiti Incantatem — ordena para o espaço.

O feitiço de ilusão que havia lançado se desfaz e o corredor se alarga, revelando mais uma unidade de cabine oculta para os olhos de todos.

Ela sorri maliciosamente para si mesma.

Antes de entrar, Draco a puxa pela mão.

— Lançou esse encantamento desde o começo das aulas e ele não se desfez? — questiona incrédulo.

A garota revira os olhos verdes.

— Mas é claro que não — fala como se fosse óbvio. Antes de Draco suspirar aliviado, ela continua: — O lancei ano passado.

O puxa para adentrar no recinto.

Ele contempla a vista que passava enquanto o trem se movia. Astória se senta em um banco e ele faz o mesmo ficando ao seu lado.

Os dois nada falam até ela se renconstar no peito de Malfoy. Ele, notando que ela não se afastaria, acaricia aqueles cabelos negros absurdamentes cheirosos e macios, beijando-os castamente.

— Porque Las Vegas? — questionou ao se lembrar da viagem de lua de mel com o qual ela presenteara seus pais.

Seus dedos percorria a trilha dos longos fios negros com suavidadade.

— Lá tem uma parte bruxa de cassinos e entretenimento — explica dando de ombros e se sentindo confortável com o carinho que estava recebendo. — Além de ser uma cidade maravilhosa de se conhecer...

Ele arqueia uma sobrancelha loira com arrogância.

— Já foi até Vegas?

— Eu... — pigarreia e se corrige: — Minha família tem um hotel de luxo para bruxos muito requisitado e difícil de se reservar — respira fundo antes de continuar: — Lunae Palace — cita o nome do lugar. Os olhos esmeraldas pareciam distantes, como se estivesse e relembrando uma memória a muito tempo perdida. — Já passei várias semanas das férias ali quando eu era criança.

O cenho de Draco enruga.

— Os Greengrass tem muitos hotéis? — pergunta colocando seu braço por cima dos ombros da sonserina enquanto ela se abraçava á cintura dele, ainda com a cabeça sobre o peito de Malfoy.

Nega.

— Só esse que antes era só exclusividade da família — responde com voz baixa e rouca —, mas foi aberto a outros sangues-puros que admiravam a arquitetura do lugar...

Sem ter consciência do que fazia, deposita mais um beijo suave nos cabelos densos, caminhando seus lábios para a testa e depois o rosto da sonserina.

— Sua família segue o ramo imobiliário? — questiona beijando as bochechas e descendo para o queixo, fazendo leves carícias na nuca e pescoço da namorada.

— Não, o de propriedades que tem ao redor do mundo — ela se remexe como se estivesse desconfortável. — Vamos mudar de assunto, Malfoy.

Ele afasta seus lábios do rosto dela, mas não estranha a ordem pois já notara que ela odiava falar de sua família assim como a desprezava ao ponto de preferir passar as férias sozinhas do que no lar em que viveu.