#Lumus
A campainha tocou num som longo que ecoou. Não reconheceu ser uma sinfonia de Beethoven que estava sendo traduzida no toque da porta.
Se remexeu nervoso e obrigou a si mesmo a ficar calmo enquanto esperava.
Uma das portas duplas, de madeira de carvalho pintadas de branco e decoradas com desenhos habilmente feitos sobre o material, se abriu.
O garoto de aproximadamente dezoito ou dezenove anos atendeu completamente sem camisa, só com uma calça moletom cinza e descalço.
O mais estranho era que fazia menos nove graus na parte de fora.
A sala aquecida explicava o porquê daquilo pois o lufar do ar quente o atingiu.
- Sim? - o loiro forte perguntou coçando os cabelos já bagunçados de palha seca mergulhada em ouro puro.
O sangue-puro a princípio piscou, questionando em mente quem seria ele, quando resolveu se apresentar:
- Blásio Zabine - e estendeu a mão.
O estranho olhou para a mão estendida e soltou um "Ah" de reconhecimento, mas não fez questão de a apertar.
O que era propriamente impossível pois Blásio nunca se deparara com o cara na vida e porque estava no Mundo dos Trouxas, o que, convenhamos, não era seu habitat natural.
O loiro encarou-o e cruzou os braços sobre o dorso nu.
- Então você é o cara que despedaçou os sentimentos da minha irmã - reconheceu.
Zabine tossiu, sem saber como reagir depois daquela acusação nem um pouco ameaçadora.
- Como diabos...?
Ele deu de ombros e reprimiu mais os músculos do braço bem malhado.
- Astória me mantém atualizado.
Agora tudo estava mais confuso.
- O que...? Acho... - parou para pensar. - Acho que bati na porta errada, então...
Apesar de intimidador na aparência, o morador da casa estava calmo e um tanto receptivo.
- Ah, não - se apressou em dizer e descartar o engano com um gesto de mão. - Meu pai vive dizendo que não posso autorizar a entrada de qualquer um porque pode ser um terrorista querendo nos sequestrar para trocar nossas vidas por segredos de Estado, códigos nucleares ocultos e blá-blá-blá, mas esse é meu ponto fraco - suspirou. - Sou curioso a beça, afinal quem bateria na porta de uma casa como essa? Mas fui eu que autorizei sua entrada, vai que era o cara da pizza, né?
O sangue-puro ainda estava tentando entender as palavras.
- Pela caixinha mágica que fala?
- Interfone - corrigiu, sorrindo muito. - Isso se chama interfone, cara.
- Ah - fez somente para preencher o silêncio vazio.
Não contava com aquilo. Estava preparado para falar diretamente com sua ex-namorada, como fora burro de não cogitar a ideia de outra pessoa atender a porta.
- Então... - tentou. - Você conhece Alexis?
O estranho riu para si mesmo e balançou a cabeça.
- E eu achando que Astória estava exagerando... - murmura, divertido com a cena.
Uma breve irritação subiu no rosto do sangue-puro que tratou de se tranquilizar.
- É uma pena.
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Garota Má - Drastória
FanfictionDraco Malfoy volta a Hogwarts depois da guerra bruxa contra Lord Voldemort, de quem sua família tomou partido e depois se viraram contra. Olhares de todos os alunos recaem sobre ele, um ex-Comensal da Morte arrependido. Sua vida não é mais a mesma...