Capítulo Vinte e Quatro

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#Lumus

A vê sair pelas portas do salão onde famílias jantavam tranquilamente, alheios ao tormento que cercava o herdeiro dos Malfoys.

Acabou.

Essa palavra fica cravada em sua mente.

Ele tinha acabado com o que nem haviam iniciado.

Havia destruído tudo o que construiu com a Greengrass durante todos os dias, todos os abraços, todos as palavras suaves, os carinhos que trocou com ela por um beijo estúpido e motivado pela raiva que sentiu por ela ter sorrido para Beckman.

Sorrido!

Era inacreditável que tinha acabado tudo por causa daquilo.

A fala de seu pai vem a mente:

Uma hora ou outra você fazeria uma besteira que acabaria com tudo.

Não concordara no começo, mas deveria ter acreditado na experiência de Lucius.

Mas se havia um modo de estragar com tudo o que conseguiu, então haveria uma forma de concertar.

Ele corre para fora.

Tenta localizar a Greengrass no meio da escuridão da noite e a encontra ainda nos terrenos da fachada do restaurante, sozinha e de costas para ele.

Seus ombros tremiam.

Ah, Merlin...

A tinha feito chorar.

Se aproxima lentamente para não assustá-la. Seu peito doía miseravelmente de culpa e remorso.

— Astória... — sussurra erguendo a mão para tocar-lhe o ombro.

Ela se vira. Em seu rosto não havia nenhuma lágrima.

A Greengrass estava... rindo?

Astória gargalhava com vontade, seus ombros chegavam a tremer de tanta graça que achava.

O humor de Draco endurece.

— Achou mesmo que eu estava magoada por o pegar beijando a Valenti? — questiona e ri mais, negando com a cabeça como se não acreditasse na ingenuidade do garoto. — O quão iludido você é, Malfoy...

O sonserino rosna.

— Então porque fez esse escândalo todo, Greengrass? — fala irritado e furioso por o ter enganado.

— Seus pais estavam vendo — fala tranquilamente dando de ombros. — Eu tive que representar.

— Mas poderia pelo menos... — tenta achar palavras para explicar, mas não conseguem. A vê arquear uma sobrancelha negra. — Sei lá! Poderia ter me dado um sinal que não estava magoada nem nada...

— Como eu iria fazer isso, Malfoy? — questiona observando as unhas bem pintadas.

Ele resmunga alguma coisa. Astória o olha atentamente.

— Mas eu agradeceria se não fizesse mais isso — fala com voz grave e séria. — Não sei se sabe, Malfoy, mas nunca fui traída e não pretendo ser a corna dessa relação...

— E o que quer eu faça agora? Já beije a Valenti, não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

Ela cruza os braços e bufa.

— Negue.

— O quê?

— Só negue — ela repete. — Seus pais só chegaram na hora em que você a empurrou e percebeu a besteira que fez. Negue que a beijou. Fale que a Valenti que o atacou.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora