Capítulo Cento e Vinte e Um

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#Lumus

Os três poderosos bruxos dominavam a sala em meio a inúmeros papéis espalhados sobre a mesa de centro. Posturas onipotentes portavam, mas as costas retas e gestos irreflexíveis tinham um motivo maior sobre porque eram executados.

Relembravam o pesado juramento realizado a alguns meses onde, ajoelhados, uniram as mãos envoltas sobre laços de magia, convocando estratégias para busca implacável.

Theodore foi o único tinham certeza que teria coragem suficiente para ser o fiador de tão escabroso voto.

Nott pronunciara a promessa solene sem tremer no tom de voz:

— Aceitam reunir forças para procurar a última joia da coleção Hyperion?

— Aceitamos — as três vozes concordaram com uma língua de fogo traçando seus pulsos, interligando-os.

— E não ocultar qualquer informação que receberem para o conhecimento de todos?

Novamente afirmaram.

O avalista esperou que a outra corda mágica os envolvessem. Encarou bruxo por bruxo.

— E juram que quando tiverem ciência da localização de tal relíquia não haja laços de sangue que os impeçam de lutar por cada pessoal objetivo, esquecerão todo afeto para se dedicarem a si mesmos, sem ressentimentos futuros?

— Assim juramos.

O Voto Perpétuo se finalizou, deixando marcas por onde a corda do encantamento se rastejou, todavia segundos depois a cicatriz desapareceu como se não houvesse existido.

Desde então meses se passaram, mas Draco, Lucius e Blásio ainda sentiam inconscientemente as fagulhas queimarem suas mãos e pulsos.

Agora, na sala da Mansão Malfoy, observavam a maleta retangular, antes enfeitiçada por magia poderosíssima e achada nos pertences velhos e esquecidos de Abraxas com uma rígida espuma dentro espaçada para sete peças mágicas que desenhou e fez com as próprias mãos, porém os espaços tinham sido encontrados vazios.

Hoje cinco deles mantinham-se completos.

O relógio de verdades e mentiras tinha sido posto ali temporariamente já que Draco sempre o carregava consigo, o anel de Lucius também, o restante era: um broche, um bracelete e um colar. Todos de belíssima estirpe, encrustados de pedras caríssimas, mas regalados de poderes mágicos cobiçados, além da constelação escorpiana traçada em algum ponto das peças e a assinatura abreviada do autor: "Abx. M."

A conta parecia não bater pela afirmação de seis joias encontradas enquanto sobrava dois espaços na maleta, mas se explicava no fato do diadema ter a localização descoberta, porém a posse improvável de conseguir.

Sabiam que Abraxas, para espalhar as preciosidades em seu poder, havia presenteado seis famílias de linhagem pura, deixando apenas o anel (que Lucius herdou) para os Malfoys.

Os Rosier detiveram o relógio por gerações até que, desconhecidamente, a peça parasse na loja do pai de Thomas.

Os Selwyn com o bracelete; Crouch com o broche; os Avery na posse do colar...

Draco conseguira todos com muito esforço intelectual e físico (teve que duelar para conseguir algumas joias), menos uma.

Até hoje Brounckdorf se recusava a vender o diadema, mesmo depois de muitas insistências e ofertas.

A única peça desconhecida podia ser descoberta pela forma do espaço vazio na maleta: uma gargantilha, mas sua localização era um terrível mistério.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora