Garota Má - Drastória

Capítulo Sessenta e Seis

#Lumus

Elas fizeram um feitiço de extensão no banheiro do quarto para que aumentasse de tamanho.

Tiraram a roupa e colocaram roupões brancos enquanto derramavam sais em suas águas.

Depois de aquecerem o líquido magicamente, ficaram nuas e entregaram cada uma em sua banheira que haviam conjurado.

Se derreteram naquele conforto magnífico em que se encontravam.

Ficaram falando sobre várias coisas, amenidades não muito importantes e sobre as Valentis e outras pessoas. Jogaram água uma nas outras, criando uma batalha férrica que ficou muito disputada entre Drewanne e Astória já que eram as mais competitivas.

Naquele dia se tornaram garotas comuns.

Se secaram, recolocaram os roupões, e permufaram a pele com vários cremes que Alexis trouxe da França já que antigamente morava lá.

Pentearam o cabelo uma das outras, achando incrível as colorações divergentes que tinham nos fios.

Alexis era a loira, Drew a de cabelos marrons como terra e Asty de fios negros mais escuros que trevas.

Fizemam várias piadas sobre isso.

Conversavam animadamente sobre vários assuntos até chegar em um que não podia deixar de ser discutido num dia como aquele:

Garotos.

Astória junto com McGuire estavam achando ridículo ao extremo aquela situação, mas riam porque era cômico agir como nunca agiram na vida.

Mas nada falavam com a Cheever sobre isso já que ela parecia estar verdadeiramente se divertindo e feliz com aquilo.

Drewanne insistiu para ouvir mais sobre o relacionamento da loira com Zabine.

Esta, corou graciosamente com a insistência da garota, mas começou a falar tudo o que Blásio era e tudo o que eles faziam juntos.

Os olhos verdes da Cheever brilhavam sempre que citava o nome do namorado.

Astória apenas revirava olhos e fazia cara de nojo, mas não interrompeu a amiga em suas narrações.

O restante das horas foi composto de tratamentos estéticos absurdos e engraçados que Alexis propunha como colocar pepinos no olhos e se depilar com um creme que tirava todos os pelos em alguns minutos.

Conversas das mais estranhas eram faladas, além de comentários sobre as tatuagens de Drewanne.

— Não dói fazer? — a Cheever questionou.

McGuire balançou a cabeça meio em dúvida enquanto analisava a tatuagem da sua perna e depois contemplava a que tinha debaixo do seio esquerdo já que estava nua com seu roupão caído no chão.

— Sim, mas depois você se acostuma com a dor — respondeu dando de ombros. — Eu ainda acho poucas as que eu tenho...

— Pretende fazer mais? — Alexis perguntou impressionada.

Ela assentiu prendendo o cabelo e procurando algumas peças íntimas em seu armário.

— Porque esconde as que você tem? — a indagação de Astória a pegou de surpresa.

Ela olhou para a Greengrass que estava reclinada numa poltrona verde e confortável com rodelas de pepinos tapando-lhe os olhos e um creme feito com abacate na pele.

— Meu pai não gosta das minhas tatuagens — informou vestindo a calcinha. — Então eu as escondo. Mas ele não me impede de fazê-las. Se pedisse para eu parar, eu nunca mais faria outra.