Capítulo Cento e Dezenove

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#Lumus

Astória implorou, quase se pôs de joelhos em frente a Thomas, mas o amigo continuou firme em sua posição.

O pedido era mais trinta dias de férias. Já havia adiantado as desse ano e implorava para que adiantasse às do ano que vem, mas foi inegavelmente negada.

Sabia que a decisão de Tom era a certa, mas não se conformava.

Raios, ele poderia demiti-la por justa causa por ter ficado sete dias a mais sem aparecer no trabalho com nenhuma explicação justificável.

Apenas a manteve no cargo com severas punições (dobrou a quantidade de turnos obrigatórios) pela excelente competência que Astória apresentava (sabia que não foi por causa da extensa amizade dos dois porque Thomas era muito profissional para ser levado por afetos).

Malfoy ficou na mesma situação.

Brounckdorf apenas o olhara de cima a baixo quando o confrontou em seu escritório após aparecer pela primeira vez depois de 37 dias e mandou, de modo congelante, que fizesse poções.

Nem uma sombra de possível abrangência de novas férias ou folgas surgiu na expressão grave do Ministro.

O casal se virava como podia: transando loucamente após o expediente por mais cansados que possam estar e buscando minutos vagos entre horários de almoço.

Astória era especialista em o visitar no Ministério procurando por sexo.

E naquele dia a avisara de manhã (enquanto vestiam as roupas após a terceira foda seguida) que estaria ocupado e não teria como a prover de saciação carnal.

Mas mesmo assim a viu cruzar a porta do seu escritório.

Ele suspirou.

Astória — repreendeu com severidade. — Tenho um encontro marcado com um fornecedor de ingredientes de poções e não há a menor possibilidade de...

Nenhuma de suas palavras a impediu de sentar em seu colo e direcionar os dedos do sangue-puro á sua vagina.

— Quero gozar duas vezes, Malfoy — impôs a exigência. — No mínimo.

Ele exalou indignação absoluta.

— Com o tempo que tenho vou ter sorte se conseguir que chegue a uma — reclamou irritado, mas não deixando de executar seu trabalho.

Ao final, Astória, arrogante e prepotente, jogou os cabelos para o lado tentando depreciar o caso, mas levantou-se no momento errado já que as pernas estavam trêmulas demais para se firmarem.

Ela cambaleou e Malfoy, ainda sentado sobre sua cadeira a amparou.

Iria se livrar do aperto dele, mas as mãos fortes a agarraram com autoridade pelo quadril. Não pôde evitar um suspiro pela pegada forte do marido quando este, de maneira perigosa, lhe sussurrou profundamente ao pé do ouvido:

— Eu contei três.

Astória fez uma horrível careta porém não conseguiu formular uma resposta a altura, então o tratou com todo asco e lhe mostrou o dedo do meio da maneira mais superior possível antes de ir.

***

Ele a beijou com mais profundidade, fazendo ambos gemerem pelo intenso colar de bocas.

Se pegavam loucamente na manhã de uma segunda-feira depois de um final de semana espetacular onde quase não haviam saído da cama.

— Meu Merlin — ela suspirou quando precisou de ar. Encarou-o, adorando aquele momento caseiro que logo terminaria por estar se aproximando o seu horário de entrada no St. Mugnus. — Eu não vejo seu pai há meses...

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora