Capítulo Onze

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#Lumus

— Aqui — fala entregando o pergaminho do trabalho que deveria ser sobre a contra-poção do Morto-Vivo, mas que fora feita sobre a Amortentia.

A Greengrass, sentada ao lado de Alexis na mesa da Sonserina começando a fazer sua refeição, nem se limita a olhá-lo.

Draco suspira. Desde o ocorrido com na biblioteca ela o vinha o ignorando completamente, não respondia nem mais as provocações que fazia, só andava mais colada a Turner como nunca e, misteriosamente, ele e a sonserina não se trombavam mais nos corredores do castelo.

Parecia que o estava evitando, mas sempre essa hipótese era descartada quando Thomas a arrastava para longe dele quando ela parecia prestes a falar alguma ameaça mortal sobre o ocorrido.

Maldito Turner.

A pequena e loira Cheever teve a delicadeza de olhar por cima do ombro e o encarar com a ternura dos olhos verdes claros e brilhantes.

— Oh, bom dia, Malfoy — fala sorrindo abertamente para ele.

Draco podia jurar que, por canto de olho, viu a Greengrass revirar os olhos.

— Bom dia — responde e pede com menção de se afastar: — Com licença.

— Não vai almoçar? — a pergunta da garota de olhos gentils o faz parar.

— Iria fazer isso agora mesmo — diz apontando para um canto vazio distante da mesa onde jazia poucos sonserinos sentados em grupos pequenos.

— Oh, mas não gostaria de se ajuntar a nós?

O olhar fuzilante da Greengrass tem por alvo sua amiga. Ela mal parecia notar as esmeraldas verdes e perigosas.

Draco iria recusar, mas outra coisa sai de sua boca:

— Eu adoraria.

As íris venenosas voltam a ele mais perigosas do que as de costume.

— Acho que ele tem outras coisas mais importantes para resolver do que almoçar conosco, não é, Malfoy? — diz com o olhar "Diga sim ou morra. Você escolhe".

— Na verdade, não — diz sorrindo pela careta de fúria dela.

Como estavam sentadas perto da ponta da mesa, Draco fez questão de a rodear e se sentar de frente para as duas sonserinas. Fora corajoso ao enfrentá-la, mas não louco o bastante para se arriscar ao lado da Greengrass.

Ela empurra o prato de comida para frente e vira o rosto.

Draco se serve com um sorriso presunçoso.

— Sem fome, Greengrass?

— Sua cara me retira o apetite — responde ainda com a face virado e os braços cruzados sobre o peito.

— Asty! — a Cheever ralha, mortalmente envergonhada e corada. — Não leve ela a sério — sorri gentilmente. — Está num mal dia...

Malfoy apenas sorri e leva o garfo até a boca. O silêncio paira sobre o trio por um instante.

— Soube que tirou as melhores notas nos trabalhos de Transfiguração — ele comenta se servindo das costelas assadas.

A garota assente.

— Sim. E... — a loira engole um seco, hesitante. — E s-seu a-amigo? — gagueja.

Ele franze o cenho. Não tinha amigos.

— De quem você...?

— Zabine — fala rapidamente e cora na mesma hora.

Draco achara que nunca havia visto uma pessoa tão escarlate. A pequena loira olha para o próprio colo, onde suas mãos estavam pousadas e se remexiam, inquietantes.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora