Capítulo Noventa e Sete

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#Lumus

— Os dois estão de roupa... 

— Não é necessário tirar para fazer o que fizeram — outra voz retrucou.

— Mas está sem camisa.

— Ele sempre dorme sem camisa — a mesma voz que retorquiu anteriormente, o realizou agora.

Momentos de silêncio se seguiu, com eles pensando em infinitas possibilidades.

— Se pelo menos estivesse com uma calça que não fosse de dormir...

O garoto encarou o parceiro.

— O que isso tem a ver, Theodore? — questionou cruzando os braços.

— Ah, Blás — respondeu como se fosse óbvio. — Num momento selvagem, é necessário tirar e depois de feito você a põe em um puxão, mas absolutamente ninguém pensaria em fechar a barguilha.

Zabine ficou curioso.

— Como chegou a essa inteligente conclusão?

— Ah — deu de ombros. — Eu dormi com a namorada de um cara que nos pegou dormindo na cama dele. Como eu estava apressado naquela noite, não tirei quase nada e por isso estava de calças. Aí inventei que era um irmão por parte de pai dela e éramos muito ligados, mas o corno deu atenção a meu zíper que estava aberto com um pedaço do meu pau pra fora e tudo foi por água a baixo — suspirou. — Quase fui estuporado se não tivesse aparatado na hora certa.

Depois da explicação, contemplam o casal que dormia profundamente agarrado um ao outro.

A garota de cabelos negros estava de frente para o loiro, com a cabeça no ombro do mesmo e com a mão do garoto em sua cintura.

O lençol que os cobria havia escorregado para fora da cama.

— Sabe que só tem um jeito pra descobrir e realmente tirar todas as dúvidas a respeito, não é? — o rebatedor apresentou.

A irritação subiu a Blásio.

— Não vou levantar a camisola da minha prima e ver se ela está de calcinha, Theo — se negou, frustado. — Ainda mas se for pra descobrir algo que eu não gostaria.

O silêncio reinou mais uma vez.

— Bem — Nott se pôs a resolver a questão. — Já que você se incomoda tanto...

Blásio deu um tapa em sua mão quando se aproximou da vestimenta da Greengrass.

— Você é louco? — soltou.

Antes que pudesse responder, uma coisa chamou atenção.

Draco resmungou algo quando sua cabeça caiu para o lado, onde encontrou os densos cabelos negros.

Os cheirou absorvendo o incrível odor mistérioso e viciante que tanto o deixava insano. A apertou mais, a fazendo se remexer levemente para aconchegar-se mais em seus braços.

Ele suspirou pelo conforto que ela expressou.

Alisou as costas suaves e deliciosas, a fazendo arquejar levemente.

E, sem mais nem menos, Astória dobrou a perna, a colocando por cima do corpo de Malfoy, o joelho encostando numa parte bem sensível de sua anatomia.

Draco suspirou mais fundo ainda no estado de coma pelo sono.

A colou, até que ficasse grudada e nem um centímetro longe de si.

Respirou e viveu nos fios negros, para seu estado, transitoriamente, despertar.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora