Capítulo Sessenta e Quatro

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#Lumus

Astória era a pessoa mais indecifrável do mundo.

Olhava o primo com um sorriso feliz nos lábios e a expressão tranquila e confortável.

Blásio não poderia descrever o que estava sentindo.

Era algo tão raivoso e odiado que não podia controlar sua mente de se encher de imagens de como fora burro em todos esses meses que... Ah, Merlin.

Aquele beijo no vestiário... Aquele beijo no vestiário... Aquele beijo no vestiário...

Por todos os deuses, como queria matá-los agora.

O outro bruxo olhava unicamente para o sangue-puro que um dia fora seu melhor amigo.

— Cavender — Lucius respondeu frio como sempre. — Que surpresa em vê-lo aqui...

O sr. Zabine ergue o queixo de modo superior.

— Vim trazer Blásio para jantar comigo, não sabia que também frequentavam o Noster — rebateu. Olhou para a mulher sentada ao lado de quem dirigiu a resposta. — Narcisa — a cumprimentou. — Continua bela como sempre.

A sra. Malfoy sorri.

O orgulho presente era grande e vasto, mas era óbvio que os dois bruxos estavam dispostos a uma reconciliação depois de um ano sem se falar.

Ele olhou para Draco que ainda permanecia paralisado e ficou radiante ao ver a sobrinha.

— Feliz aniversário, rapaz — desejou. Sorriu para a filha de sua irmã. — Não sabia que conhecia os Malfoys, querida.

Astória olhou para o primo.

— Já que conhece meu namorado eu não preciso apresentá-lo, tio — falou beijando a boca de Draco que nem se movia.

Blásio rugiu tão alto que todos notaram o clima tenso entre ele e o apanhador.

O herdeiro dos Malfoys se esforçou para virar a cabeça. Encarou o pai, suplicando socorro com os olhos.

Lucius deu de ombros como se dissesse: "Já fiz o bastante. Agora se vire".

Maldito seja, Lucius Malfoy, pensou.

— Porque não se ajuntam conosco? — o sangue-puro convidou. — Temos dois lugares vagos e nossos pedidos ainda não chegaram...

Cavender pensou sobre isso e depois assentiu, já o fazendo.

— Blásio? — indagou para o filho.

O goleiro tremia de ódio. Seu olho direito piscava sem parar, como um tique nervoso e seus punhos já estavam roxos de tanta força que os apertava.

Narcisa estava visivelmente preocupada.

— Não seja mal educado, garoto — seu pai ralhou o olhando furioso. — Sente-se.

O capitão o fez, sem desfocar seu olhar mais do que selvagem do apanhador.


Draco ainda não respirava.

Astória ficou fazendo mimos, acariciando o peito dele para tranquilizá-lo, mas nem aqueles toques estavam ajudando.

Lucius e Cavender começaram a conversar e os pedidos chegaram quando o bruxo mais velho recém chegado pediu para si e para seu filho.

O garçon os serviu, mas nem Draco nem Blásio sequer olharam para a comida, pois um encontrava-se retorcendo em fúria enquanto o outro sequer reagia ou piscava.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora