Capítulo Trinta e Cinco

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#Lumus

Ficou feliz quando ela rompeu pela porta da biblioteca em extrema fúria, ainda se coçando terrivelmente.

Não se sentiu culpado ao ver aquela pele vermelha e cheia de calombos que se formavam enquanto esfregava suas unhas com força sobre a pele. Era uma vingança boa por aquela boneca maldita que ria psicóticamente que ela colocara para o assustar quando acordasse.

— Vamos logo terminar essa merda — ruge pegando a folha dos ingredientes necessários para fazer o antídoto. A joga para Malfoy. — Faça — ordena.

Ele somente arqueiou uma sobrancelha loira.

— Vamos — manda novamente de modo impaciente sentindo sua pele incomodar. — Faça logo isso, Malfoy.

Ele olha mais uma vez para a folha arremessada e depois foca na sonserina.

— Acho que entendeu errado, Greengrass — diz devolvendo as instruções. — É para você a fazer.

O cenho dela franziu.

— Está louco, Malfoy?

Draco suspira dramaticamente.

— Eu me pergunto isso todas as vezes que a suporto — murmura em tom baixo e vagueado.

— O que disse? — indaga, pois não havia entendendido o que ele murmurou.

— Nada — rebate se repreendendo mentalmente para logo mudar de assunto rapidamente. — Vai começar ou não?

Ela continua se coçando.

— Na próxima vez vou torturá-lo — resmunga escolhendo e separando quais ingredientes estavam na lista.

Draco encarava e avaliava cada gesto com o olhar. Se alguma coisa estivesse errada, fazia uma careta, mas não a interrompia, pois ela teria que fazer a poção sozinha.

Astória murmurava maldições á ele enquanto fazia o trabalho. Parecia que praguejar e torcer para que Draco morresse atropelado por um grifo dançante a deixava mais calma e concentrada no que fazia.

Pula alguns passos que achara mais difícil e acrescenta outros produtos que nem estavam na lista.

Ele olhava pasmado quando a Greengrass se servira de uma concha da poção que considerava pronta e "consumível".

Draco a impede de fazer tal coisa a agarrando pelo pulso e jogando o objeto que usava para trazer a substância até sua boca para longe.

— Está louca só de pensar em beber isso — diz absorvendo aquele líquido ralo e perigoso murmurando um "Tergeo" com sua varinha. A encara com seriedade. — Tem noção do que colocou aqui?

Ela somente arqueia uma sobrancelha negra com arrogância.

— Pôs um frasco inteiro de acromântula — informa falando como se a sonserina fosse uma débil mental. — Por acaso sabe o que é isso?

Ela bufa, debochada.

— É um veneno extraído de uma aranha gigante com oito olhos — responde revirando os olhos verdes.

Draco, por um momento, ficou impressionado por ela saber, mas depois recuperou sua compostura e escarneceu:

— Eu realmente não acho saudável essa sua mania de colocar veneno em suas poções.

— Mas esse veneno é bom em dissolver substâncias evasivas do corpo se misturado com verme cego...

— Mas que esse efeito é dissipado ao colocar ligústica e, olhe ! — exclama destacando a frase e apontando para a folha com a expressão impressionada — Esse ingrediente está na receita!

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora