Garota Má - Drastória

Capítulo Trinta e Dois

#Lumus

Ele dá um nó perfeito em sua gravata verde e prata e caminha para a saída.

Quando passa por uma parte dos armários, ouve duas gargalhadas conhecidas e masculinas.

Caminha, seguindo o som e contempla a Greengrass de pé e braços cruzados sorrindo maliciosamente enquanto Petterson e Brousnton riam loucamente.

— Eu não acredito que fez isso — o primeiro diz sentindo uma nova risada se formar em seus lábios.

— Merlin — é tudo o que o outro consegue exclamar enquanto gargalhava freneticamente.

Eles ficam rindo por mais vinte minutos e depois de se recuperarem da crise que os impediam de dizer algo coerente, conversam animadamente com a sonserina como se fossem amigos de longa data.

Draco resmunga alguma coisa quando dispara para a saída.

Já estava acostumado em presenciar uma cena como esta. Havia completado uma semana que haviam voltado das férias e sempre depois dos treinos, a Greengrass ficava conversando com Petterson e Brousnton.

Eles pareciam os únicos do time com o qual ela se dava bem. Se arranhava com Sacage, provocava Zabine, tinha desprezo por Nott e nojo por Malfoy.

Não sabia o porque aqueles outros dois haviam caídos em sua graça, mas seu punho apertava aos vê-los rindo e conversando com a garota que um dia foi sua.

Astória agora só o tratava com desprezo e nojo. Tudo o que passaram parecia que havia se esvaído para o nada existencial.

Aquilo o deixava com uma ira vasta correndo nas veias.

Nem tinha percebido que já estava caminhando pelos corredores do castelo rumo às Masmorras, onde se localizava o dormitório da Sonserina.

Uma pessoa conhecida vinha na direção dele junto com outra que não sabia dizer qual é.

— E depois eu e Scoot nos beijamos a noite inteira escondidos de todos, no fim me falou que me amava e... — para de falar imediatamente quando vê Draco parado e olhando estaticamente para ela.

A garota em questão estava conversando com uma amiga que o loiro não sabia quem era.

Ela engole um seco e, num gesto de nervosismo, ajeita a gravata amarela e preta.

— Malfoy — fala com a voz falhando.

Draco ainda não sabia como reagir. Aquela era a lufana que Petterson namorava e acabara de ouvir da própria boca dela que estava beijando escondido outro garoto.

Ele mantém a face fria e sem emoções que sua condição de sangue-puro impunha.

Os olhos dela se tornam suplicantes.

Ela pede para a tal amiga ir embora e fica sozinha olhando para ele.

Draco não desvia o olhar, somente coloca as mãos nos bolsos. Podia sentir o relógio frio fazendo contado com sua pele quente.

A lufana se aproxima um passo.

— Por favor — implora. — Não conte para Skay que...

— Acho isso um pouco difícil de se fazer depois que já cometeu o erro — a interrompe com voz mortal e fria.

Ela se encolhe diante de seu tom. Draco achava que morreria antes de tratar mal uma namorada de algum colega, mas aquilo era uma exceção.

Seu companheiro de time tinha sido traído.

Recorda-se da Greengrass lhe informar que Petterson largara Daphne para ficar com a lufana. Skay ficaria arrasado se descobrisse que cobra era a garota de quem gostava.