Capítulo Oitenta e Nove

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Para RubiRosalie

#Lumus

O jogo aconteceria a tarde.

Draco apenas pôs as mãos no bolso mandando tudo ao inferno e a um lugar não muito educado para mães inescrupulosas que parem.

Teve a sorte, enormeeeee sorte, de ser o felizardo sorteado (tinha dúvidas sobre tal ato por causa do saco verde sonserino de Skay que provavelmente tinha sido manipulado) para chamar a Greengrass, sua capitã a uma reunião antes do jogo.

Realmente não estava com o melhor dos humores.

Caminhou até a porta que dividia as alas masculina e feminina quando ouviu as duas cobras da parte das garotas sibilarem para ele.

O veneno escorria por suas presas em formato de prata derretida.

Já tinha aprendido a muito tempo como burlá-las.

Pegou sua varinha apontou para a maçaneta e sussurrou:

Trago flores — nem se surpreendeu quando segundo depois as serpentes voltaram novamente a ficarem inanimadas.

Aquilo fora um tipo de senha que as garotas no geral fizeram para fazer seus namorados entrarem na ala proibida a eles.

Claro que Astória não sabia disso.

Pensava que Malfoy entrava sempre sorrateiro de algum outro modo, caso contrário repreenderia as meninas que provocaram aquela ruptura entre as divisões.

O senso de monitora corria forte em suas veias, mas era meio hipócrita por ela mesma descumprir várias normas dedicadas a todos e sem exceção.

Mas a Greengrass era a Greengrass e ponto final.

Não havia discussão quanto a isso.

Caminhou pelo corredor rumo a porta do dormitório que inúmeras vezes visitou, mas praguejando em murmúrios de maldições pesadas direcionadas ao artilheiro (detentor da ideia de um sorteio) e do saco (sem duplo sentido) de Skay que com certeza não fora justo.

Nem chegou a suspirar quando ficou de frente a porta, só bateu rigidamente querendo acabar com tudo aquilo.

Não obteve resposta.

Bateu novamente. Desta vez com força.

Na terceira vez esmurrou a madeira com seus punhos.

Nada.

Nem um som sequer.

Aquilo era mau sinal. Muito mau sinal.

Pegou na maçaneta encrustadas com cobras banhadas a prata e a girou.

Abriu a porta e sua primeira reação foi ficar boquiaberto.

Maldita seja.

Astória estava linda.

Trajava um vestido negro da mais pura seda, tomara que caia, completamente sem adornos. Nem jóias. Mas era a coisa mais bela que havia posto os olhos.

Ela tentava, irritadiça, alcançar alguma coisa nas costas enquanto estava parada enfrente ao espelho de corpo todo, que refletia aquela magnífica imagem.

A sonserina estava com aquele objeto estranho que vira outra vez na Mansão Malfoy.

Um arco que ultrapassava sua cabeça com duas esferas que se interligavam com o arco e tapavam ambas as orelhas.

Garota Má - DrastóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora